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‘Só será discutido um acerto de contas quando pararem de dar tiros’, diz Lula sobre guerra na Ucrânia

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Presidente voltou a falar sobre o conflito durante o encontro com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez e fez um apelo pela formação de um ‘G20 da paz’

Nesta quarta-feira, 26, ocorreu o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez. Durante a cerimônia, realizada no Palácio da Moncloa, sede do governo, em Madrid, os chefes de Estado assinaram três acordos entre os governos de Brasil e Espanha nas áreas de educação, trabalho e ciência e tecnologia e discursaram em seguida. Em sua fala, Lula voltou a mencionar a guerra entre Rússia e Ucrânia. Após exaltar a prosperidade econômica na China em um período de ausência de guerras, o petista reforçou a necessidade de um armistício entre os países europeus: “Quando o Trump foi candidato e começou a dizer que era preciso tirar as empresas da China para elas voltarem aos Estados Unidos, já era tarde. A China já é a segunda economia mundial e possivelmente nos próximos anos a primeira economia mundial. Com uma diferença, faz muitos anos que a China não faz guerra. Isso é uma demonstração de que somente com muita paz é possível aproveitar o dinheiro produzido pelo povo para poder gerar emprego e bem-estar social. Por isso, eu estou incomodado com essa guerra que está acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia”.

“Ninguém pode ter dúvida de que nós brasileiros condenamos a violação territorial que a Rússia fez contra a Ucrânia. O erro aconteceu, a guerra começou. Agora não adianta ficar dizendo quem está certo e quem está errado. Agora o que precisa é fazer a guerra parar. Porque você só vai discutir um acerto de contas, quando pararem de dar tiros. É assim nessa guerra, e foi assim em todas as outras guerras”, declarou Lula. Em seguida, o presidente fez críticas ao Conselho de Segurança da ONU: “Nós vivemos em um mundo em que, no Conselho de Segurança da ONU, os membros permanentes todos eles são os maiores produtores de armas do mundo, os maiores vendedores de armas do mundo e os maiores participantes de guerras do mundo. Fico me perguntando, se não cabe a nós, outros países que não somos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, fazermos uma mudança na ONU e colocar mais países (…) Quem é que determina? Os vencedores da Segunda Guerra Mundial. Mas isso já faz muitos anos, a geografia do mundo mudou, a geopolítica mudou e a economia mudou”. Lula então fez um apelo pela criação de um grupo de países que negocie a paz internacionalmente: “Então, nós precisamos construir um novo mecanismo internacional que possa fazer coisas diferentes (…) Está na hora da gente criar um ‘G20 da Paz’, que deveria ser a ONU”. Confira o discurso completo no vídeo abaixo.

Fonte: Jovem Pan News

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