Nesta quarta-feira (26), o Observatório Solar e Heliosférico (SOHO) – projetado e gerenciado em parceria pela Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA – flagrou um momento de canibalismo no disparo de jatos de plasma pelo Sol.
Conforme se vê no registro abaixo, uma ejeção de massa coronal (CME) emerge da estrela e engole outra mais lenta e fraca, lançada um pouco mais abaixo.
CMEs são nuvens de gás magnético eletrificado, pesando bilhões de toneladas, que são ejetadas do Sol e arremessadas ao espaço a velocidades de até dois mil quilômetros por segundo.
Quando uma CME canibaliza outra, elas se fundem, e essa compressão cria ondas de choque e campos magnéticos aprimorados que podem perfurar a magnetosfera da Terra – abrindo a porta para poderosas tempestades geomagnéticas.
De acordo com o portal de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, as CMEs canibais elevam as chances de tempestades geomagnéticas e consequente formação de auroras.
Desta vez, no entanto, os caçadores desses belíssimos fenômenos luminosos não devem ter esperanças. Esta CME canibal em particular não vai atingir a Terra, uma vez que não foi disparada em nossa direção.
Por outro lado, isso é uma boa notícia, se considerarmos que tempestades geomagnéticas podem, dependendo da intensidade, prejudicar os sistemas de comunicações (especialmente os sinais de rádio), danificar estações elétricas e até mesmo derrubar satélites.
Um evento de grau máximo, por exemplo, poderia, inclusive, mergulhar a Terra em um “apocalipse da internet”, deixando o mundo inteiro offline por semanas ou meses.
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Fonte: Olhar Digital
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