No início desta semana, o Japão tentou pousar sua primeira sonda na Lua. No entanto, o módulo lunar Hakuto-R, fabricado pela empresa privada ispace, perdeu a comunicação com a Terra segundos antes de atingir o solo, decretando o fracasso da missão.
Ainda assim, ele foi capaz de capturar belas imagens durante o trajeto percorrido em cerca de 90 dias de viagem, como as fotos da Terra que você vê neste link, tiradas pelo equipamento apenas três dias depois de ser lançado, em dezembro de 2022.
No fim de março, a espaçonave atingiu a órbita lunar, de onde assistiu “de camarote” ao raro eclipse solar híbrido ocorrido em 20 de abril.
“Vemos aqui o nascer da Terra na Lua durante o eclipse solar, capturado pela câmera montada no módulo de pouso a uma altitude de cerca de 100 km da superfície lunar”, descreveu a ispace em uma publicação feita no Twitter na segunda-feira (24), véspera do pouso fracassado.
Na imagem, é possível ver a sombra da Lua projetada sobre a Oceania, único local no planeta de onde o eclipse solar híbrido pôde ser observado.
Sobre a sonda japonesa que tentou pousar na Lua
Se tivesse dado tudo certo, o pouso de Hakuto-R, que significa “coelho branco”, em japonês, entraria para a história, já que apenas as agências espaciais dos EUA, da China e da antiga União Soviética conseguiram descer na superfície da Lua.
Outra nação também se beneficiaria de um pouso bem-sucedido da sonda. O primeiro rover lunar dos Emirados Árabes Unidos, um robô de 10 kg chamado Rashid, seria implantado pelo equipamento japonês na Lua para estudar seus arredores por cerca de 14 dias terrestres.
A ispace ainda tem grandes planos em relação ao espaço Terra-Lua. Duas outras missões robóticas estão programadas para pousar no nosso satélite natural em 2024 e 2025, enquanto a empresa trabalha para ajudar a estabelecer as bases para uma economia cislunar.
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Fonte: Olhar Digital
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