Previsões climáticas estão indicando a presença de um super El Niño no segundo semestre deste ano. O fenômeno meteorológico deve ser muito intenso e modificar o clima do planeta enquanto estiver ativo.
Existem dois tipos de El Niño: o clássico, que altera a temperatura do mundo todo com o aquecimento de uma grande faixa do Oceano Pacífico, e o costeiro, em que ocorre o aquecimento apenas na costa do Peru e do Equador.
No momento, o que está em vigor é o costeiro, mas o super El Niño previsto para o segundo semestre é o clássico.
“El Niño é basicamente uma mudança na força e direção dos ventos alísios que sopram do leste para o oeste no Oceano Pacífico, o que faz com que a água quente encontrada na parte ocidental do Oceano Pacífico se mova para a região central e oriental do Pacífico”, explica Ángel Adames Corraliza, professor de ciências atmosféricas da Universidade de Wisconsin, nos EUA, à BBC News.
Segundo a Metsul, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, informou que a “anomalia de temperatura da superfície do mar era de +0,3ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, que é usada oficialmente para definir se há um El Niño na forma clássica e de impacto global. O valor está na faixa de neutralidade de -0,4ºC a +0,4ºC”.
“Por outro lado, a região Niño 1+2, perto das costas do Equador e do Peru, que costuma impactar as precipitações e a temperatura no Sul do Brasil em qualquer época do ano, estava com anomalia de +2,5ºC, em nível de El Niño costeiro forte a muito forte”, completa ainda.
Super El Niño deve fazer estrago
O evento previsto para o segundo semestre, de acordo com dados da Universidade de Colúmbia, em Nova York, pode causar uma anomalia na região do Pacífico Centro-Leste entre 2,5ºC e 3,0ºC.
Mas quais mudanças o El Niño pode provocar? Esse fenômeno pode trazer climas inesperados para determinados locais, como secas onde costuma ser úmido e até mesmo chuvas e desertos.
“Em geral, os impactos tendem a ser mais de calor e seca para a América Latina, mas os maiores efeitos tendem a ocorrer na encosta ocidental dos Andes e nas montanhas que predominam na América Latina. Então, estamos falando de Lima e de todas as grandes cidades daquela região costeira no lado do Pacífico da América do Sul que tendem a sofrer grandes impactos em termos de chuvas e calor”, finaliza Adames.
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Fonte: Olhar Digital
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