Um elemento químico é, de longe, o mais comum do Universo. Ele encabeça o ranking com larga vantagem em relação às demais substâncias.

Estamos falando do hidrogênio, que, por ser o mais leve de todos os componentes da tabela periódica (com núcleo formado apenas por um próton), é o mais abundante do cosmos.

Ele é, por exemplo, o principal componente de Júpiter e de outros gigantes gasosos, sendo também muito presente nas estrelas.  Mas, será que essa também é a situação na Terra, em específico?

Lista dos elementos químicos mais comuns do Universo:

  1. Hidrogênio – 90% 
  2. Hélio – 3% 
  3. Oxigênio – 1% 

Depois dos três citados, a representatividade dos elementos químicos no espaço vai diminuindo. Somente o carbono, o neônio, o ferro, o nitrogênio, o silício, o magnésio, o enxofre e o argônio apresentam abundâncias atômicas superiores a 0,01%. 

No outro extremo da lista, entre os elementos químicos mais raros, estão o rênio, o lutécio, o túlio e o tântalo. 

Hidrogênio está longe de ser o elemento químico mais abundante da Terra

Por aqui, o hidrogênio não aparece nem próximo do topo da lista. Considerando apenas a crosta terrestre, a substância ocupa a nona colocação. 

No nosso planeta, como se sabe, o elemento mais comum é o oxigênio, que assume quase metade dos átomos que constituem a Terra. 

Enquanto o hidrogênio é o elemento mais comum do Universo, na Terra, o ranking é liderado pelo oxigênio. Crédito: DOERS – Shutterstock

Lista dos elementos químicos mais comuns da Terra:

  1. Oxigênio – 47% 
  2. Silício – 28% 
  3. Alumínio – 8,1% 
  4. Ferro – 5,0% 
  5. Cálcio – 3,6% 
  6. Sódio – 2,8% 
  7. Potássio – 2,6% 
  8. Magnésio – 2.1% 
  9. Hidrogênio – 0,9%

Já se considerarmos o planeta no geral, e não somente a crosta terrestre, o ferro é o elemento químico mais abundante (32,1%), já que é o principal composto do núcleo da Terra. Depois, vem o oxigênio (30,1%), seguido de silício (15,1%), do magnésio (13,9%), do enxofre (2,9%), do níquel (1,8%), do cálcio (1,5%) e do alumínio (1,4%).

Fonte: Júlio Afonso, professor do Instituto de Química da UFRJ, para o UOL