Se você gosta de assistir a séries de investigação criminal, deve ter reparado como a tecnologia faz parte da rotina dos peritos criminais. Uma das ferramentas usadas por policiais é a busca reversa de imagem, que ajuda a encontrar pessoas, localizações ou referências na internet.
Antes de te dizer como eles usam essa técnica, você precisa saber o que ela é. A busca reversa de imagem é uma ferramenta que permite identificar imagens similares ou iguais a uma de referência, independentemente da sua origem ou localização, na internet.
Por volta dos anos 2000, quando o Google parecia mais um jornal de classificados online, era impensável que você poderia usar uma imagem para encontrar informações na internet. Hoje, essa ferramenta está disponível para todos, inclusive de graça – nesta outra matéria, você aprende como fazer pesquisa por imagem no Google pelo celular ou pelo computador.
Além disso, a popularização de smartphones e também das redes sociais alimentou o banco de dados com mais fotos e vídeos. Claro, podemos nos questionar sobre a privacidade nesse contexto, mas esse é assunto para outro momento.
Você pode ter achado a busca reversa de imagem bem parecida com reconhecimento facial. Apesar de ambas usarem técnicas de processamento de imagem, as duas ferramentas se diferem quanto a proposta.
Enquanto a busca reversa busca uma imagem a partir de outra, o reconhecimento facial permite verificar a identidade de uma pessoa a partir da captura de foto ou vídeo do rosto dela, usando para isso características faciais como formato do rosto, olhos, nariz etc.
Busca reversa de imagens: 5 casos reais
Agora que você já sabe o que é a busca reversa de imagem, veja cinco situações em que a ferramenta foi usada por policiais e também por cidadãos:
- Tráfico de pessoas: em 2017, a polícia alemã utilizou a busca reversa de imagem para localizar uma vítima de tráfico humano que apareceu em uma foto postada em um fórum de internet. A imagem foi comparada com bancos de dados de imagens de desaparecidos e a vítima foi identificada.
- Pedofilia: em 2019, a polícia francesa utilizou a busca reversa de imagem para rastrear e prender um homem que estava compartilhando imagens de abuso infantil na internet. A técnica permitiu identificar o suspeito e localizar seu endereço.
- Assalto: em 2020, a polícia de Nova York utilizou a busca reversa de imagem para identificar um suspeito de um assalto à mão armada que ocorreu em uma estação de metrô. Imagens de câmeras de segurança foram comparadas com fotos de redes sociais e o suspeito foi identificado e preso.
- Invasão do Capitólio: em 2021, partidários de Donald Trump, então presidente dos Estados Unidos, protestaram contra o resultado da eleição presidencial de 2020. Os manifestantes invadiram e depredaram o Capitólio. Insatisfeitos com o andamento das investigações, usuários de redes sociais voluntariamente identificaram algumas pessoas presentes no dia.
- Invasão em Brasília: em 2023, após Luiz Inácio Lula da Silva tomar posse como presidente do Brasil, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Assim como nos Estados Unidos, usuários de redes sociais se mobilizaram para identificar participantes dos ataques.
Em resumo, a busca reversa de imagem é uma técnica útil em investigações criminais, pois permite identificar suspeitos e vítimas, além de fornecer outras informações relevantes para a investigação. A técnica tem se tornado cada vez mais importante para a resolução de crimes, especialmente em casos envolvendo imagens ou vídeos postados na internet.
Fonte: Olhar Digital
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