Publicado em 110 capítulos de mangá e adaptado para a TV em um anime de 114 episódios, a história original de Cavaleiros do Zodíaco é relativamente longa. Agora que a saga de Seiya e seus companheiros foi transposta para os cinemas, fica a dúvida: o filme live-action terá continuação? Ou será apenas uma história fechada? A seguir, explicaremos o que sabemos até o momento e quais as possibilidades para a franquia.
Até onde a história avança no filme?
Quem já leu o mangá ou viu alguma das animações – seja a clássica ou a versão mais recente –, sabe do que se trata a história. O enredo original é: Seiya, um jovem órfão em busca de sua irmã, acaba por descobrir que tem poderes cósmicos. Um homem desconhecido, chamado Mitsumasa Kido, aborda o garoto e explica a origem dessa força recém-descoberta. Seiya está predestinado a ser um cavaleiro de Atena, deusa da guerra e da sabedoria, supostamente encarnada nos dias atuais em uma jovem chamada Saori.
Esse enredo básico tem pequenas variações a depender da mídia e da época. O anime original, exibido no Japão entre 1986 e 1989, tem algumas diferenças em relação ao mangá. Por exemplo: os cavaleiros de aço, apresentados no desenho, não existem originalmente nos quadrinhos.
Do mesmo modo, a versão mais nova da animação, em CGI, lançada em 2020, traz algumas mudanças e atualizações. O exemplo mais evidente é a criação do vilão Guraad, um homem que deseja derrotar os deuses e dominar o planeta.
O filme com atores segue o mesmo caminho, trazendo algumas novidades, embora ele traga mais elementos da recente animação em computação gráfica. De todo modo, o cerne da história é o mesmo.
Os Cavaleiros do Zodíaco – Saint Seiya: o começo, como o título indica, é um filme de origem. Diferentemente dos desenhos animados, que já nos primeiros episódios apresentam o quinteto principal de cavaleiros de bronze – Seiya, Shun, Shiryu, Hyoga e Ikki –, aqui o foco é no cavaleiro de Pégaso.
Vemos a infância de Seiya, a conquista da armadura de Pégaso, o primeiro contato com Saori e um embate inicial com Ikki. Não há propriamente uma adaptação do primeiro arco de história dos cavaleiros, a Saga do Santuário. Então, a história avança pouco em relação ao que é visto no início do mangá e nos animes.
Trilogia de filmes live-action?
Neste primeiro filme, fica claro o desejo de estabelecer uma franquia cinematográfica. Não só pelo pouco que a trama anda, mas também não haver a apresentação de outros personagens principais. Também há apenas uma pincelada na mitologia e nos principais conceitos do história.
Logo, parece uma tentativa de emular uma fórmula similar à da Marvel Studios nos primeiros anos, que foi estabelecendo um universo cinematográfico aos poucos, no decorrer de vários filmes.
Até o momento, não há informações oficiais sobre continuações, que dependerão do desempenho nas bilheterias. Em entrevista recente, o ator Diego Tinoco, que interpreta Ikki, afirmou ter assinado contrato para três filmes. Já o coreógrafo do longa, Andy Cheng, declarou à Variety que o plano dos realizadores é fazer entre seis e sete filmes de Cavaleiros do Zodíaco.
O que os próximos filmes podem abordar?
Como a versão cinematográfica parece ignorar a fase inicial da trama de Cavaleiros do Zodíaco, a Guerra Galática, que faz parte da Saga do Santuário, talvez alguns arcos sejam suprimidos nos cinemas. No entanto, parece seguro crer que a Batalha das 12 Casas seria o climax de uma eventual trilogia cinematográfica.
Os conceitos relacionados à cavaleiros de prata e de ouro são praticamente uma nota de rodapé neste primeiro filme. Então, é de se esperar que sejam mais desenvolvidos em continuações, com a apresentação de Shun, Hyoga e Shiryu. Porém, antes, o segundo filme deve explorar as motivações de Ikki e trazer sua eventual redenção, já que o personagem é um antagonista de destaque em Saint Seiya: o começo.
Caso alcance sucesso, é de se imaginar que a franquia também busque um formato semelhante ao da Marvel nos cinemas, com filmes lançados em fases. Dada a quantidade de personagens e de sagas, faria todo o sentido o lançamento de séries de filmes dedicadas a diferentes arcos.
Por exemplo, uma trilogia voltada para Saga do Santuário, um filme para a Saga de Asgard, dois longas para a Saga de Poseidon e, quem sabe, um desfecho em duas partes para a derradeira fase, a Saga de Hades. Em resumo: histórias, não faltam. Vai depender do retorno do público.
Fonte: Olhar Digital
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