Não é apenas Marte que está na mira da China para as próximas missões de exploração espacial. A nação também tem planos de pousar seres humanos na Lua até o fim desta década.
“Até 2030, o povo chinês definitivamente será capaz de colocar os pés na Lua”, revelou Wu Weiren, projetista-chefe do programa de exploração lunar da China, à emissora estatal CCTV.
Segundo ele, o país já está trabalhando no hardware necessário para pousar taikonautas (designação para astronautas da China) em solo lunar. Um foguete de próxima geração está em desenvolvimento, bem como um módulo de pouso.
Weiren diz que a missão inaugural permitiria uma estadia de curto prazo na superfície lunar, mas que a China também está de olho na construção de uma base permanente, conhecida como Estação Internacional de Pesquisa Lunar, que deve ser construída na próxima década, tornando possível missões mais extensas.
Os primeiros passos para este ambicioso projeto incluem missões robóticas ao polo sul da Lua para testar o uso da tecnologia de impressão 3D para criar tijolos a partir do solo lunar.
“Para questões sobre se podemos construir uma casa, fazer tijolos e ter acesso a serviços de comunicação na Lua, espera-se que eles sejam verificados pelos experimentos da Chang’e 8 [missão prevista para 2028], que fornecerão uma garantia para a exploração científica lunar em grande escala no futuro”, disse Wu Yansheng, presidente da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC).
Assim como os EUA buscam apoio internacional para o Programa Artemis, a China também está atrás de parceiros para o empreendimento.
“A Estação Internacional de Pesquisa Lunar, construída pela China, está aberta [a parceiros internacionais]. Nos alegraremos com a participação de países desenvolvidos, como os EUA e europeus. Também esperamos que os países do Brics e algumas nações africanas em desenvolvimento se juntem a nós”. Brics é a abreviação que nomeia o grupo de países de mercado emergente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“Apresentamos uma iniciativa para que todos assinem contratos, acordos ou acordos estratégicos de intenção”, disse Yansheng.
Fonte: Olhar Digital
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