O cenário está preparado. Fluminense e River Plate fazem, nesta terça-feira, às 21h, o duelo mais aguardado da fase de grupos da Libertadores, com expectativa de Maracanã lotado. O time sensação do Brasil no primeiro semestre encontra o líder absoluto do futebol argentino. Um confronto de potências que sonham com o título continental, e que têm dois técnicos ainda em busca de afirmação, apesar da boa fase.
Para a classificação, o duelo é mais importante para o River que para o Fluminense. O time tricolor fez sua parte e venceu os dois primeiros jogos, deixando bem encaminhada a passagem para as oitavas de final. Uma vitória praticamente crava a presença no mata-mata e deixa a equipe de Fernando Diniz em boa posição para se manter na liderança.
Do lado do River o sentido de urgência é maior. A equipe de Martín Demichelis estreou com derrota para o The Strongest, na altitude boliviana (um alerta para o Flu). Hoje, tem os mesmos três pontos que o rival da Bolívia, o que aumenta a pressão por uma vitória em pleno Maracanã. Uma derrota não seria definitiva, mas a margem de erro seria praticamente nula para os jogos do returno.
Basta ficar atento à cobertura na Argentina para entender o peso do duelo desta terça-feira contra o Fluminense. O clube das Laranjeiras é apontado como o grande adversário dos times argentinos nesta primeira fase, com destaque para a sequência de vitórias antes da perda da invencibilidade contra o Fortaleza, incluindo a goleada sobre o Flamengo. Análises ao “Dinizismo” e à força do “Kung Flu” ganham destaque em uma semana de “Superclássico” entre River e Boca Juniors.
Terceiro lugar no Brasileirão de 2022 e candidato ao título na atual temporada, o Fluminense foi responsável por grandes exibições no primeiro semestre. Responsável direto pelo momento, Fernando Diniz subiu um patamar ao vencer o Carioca contra o atual campeão da Libertadores, o Fla, mas ainda há um toque de desconfiança para a conquista de algo maior. Não apenas para o técnico, mas para o Tricolor, que nunca foi campeão da Libertadores.
O Fluminense é visto, hoje, como uma potência na Libertadores. Precisa vencer os grandes jogos para seguir subindo de patamar no torneio. Os últimos dois confrontos contra o River Plate foram um exemplo, com uma vitória a favor do Flu no Monumental de Núñez e um empate, ainda com Marcelo Gallardo no comando, no que é o resumo da história do confronto.
A semana também é de teste para o jovem técnico Martín Demichelis. Ex-atleta, o argentino de 42 anos vem preparando a transição para o banco nos últimos anos com trabalho como auxiliar no Málaga e na base e time B do Bayern de Munique. O River é o seu primeiro grande trabalho como técnico principal, e o resultado tem sido positivo.
O River Plate é a grande potência dos últimos anos na Argentina. Foi assim com Marcelo Gallardo, e Demichelis tem conseguido manter o alto patamar. Foram apenas três derrotas em 2023, com um empate e 13 vitórias. O time lidera com folga de seis pontos no Campeonato Argentino. Mas quis o destino reservar dois dos maiores desafios da temporada na mesma semana.
O Fluminense é o primeiro deles. Pela rivalidade natural Brasil-Argentina, mas também pela necessidade de pontos para avançar para as eliminatórias. Logo depois, Demichelis vai encarar o clássico com o Boca Juniors, um “campeonato à parte”, embora o arquirrival sequer seja um concorrente ao título.
Em campo, o River deve ter força quase máxima. O principal desfalque é Enzo Díaz, suspenso. O ponto forte é o meio-campo de cinco, com o ex-Atlético Mineiro Nacho Fernández entre as estrelas: Armani; Herrera, González Pirez, Mammana e Casco; Aliendro e Pérez; De la Cruz; Nacho Fernández e Barco; Beltrán.
O Flu vem com o que tem de melhor no momento com Marcelo disponível para a lateral esquerda: Fábio, Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André e Alexsander; Arias, Cano e Keno.
Fonte: Ogol
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