Tecnologia e segurança caminham lado a lado. Não é de hoje que boa parte da nossa vida está em nossos aparelhos celulares. Conversas, informações do trabalho, fotos, contas e senhas salvas ou anotadas. Por um lado, temos muita praticidade. Por outro, em situações inesperadas, como golpe, roubo e furto dos aparelhos, nos vemos em maus lençóis.
Até pouco tempo, ter o celular levado por criminosos se resumia em perder o dinheiro de custo do dispositivo. Hoje, em um mundo tão conectado, os bandidos podem ter acesso às nossas informações, incluindo dados bancários. Até você chegar em casa e ligar para sua instituição, grandes estragos podem ter sido feitos. Nos casos mais extremos, como sequestros e assaltos, criminosos podem obrigar as vítimas a fazerem transferências via Pix.
Também existem as fraudes menos agressivas, por assim dizer. Pela internet, golpistas se passam por empresas para ter acesso aos seus dados. Dá para citar também o “golpe das maquininhas”, quando falsos entregadores passam valores muito superiores às compras sem que o cliente perceba.
As vítimas dependem de ações dos bancos, que nem sempre conseguem bloquear o dinheiro rapidamente e reaver as perdas. Ou seja, ficamos totalmente dependentes da sorte ou da boa vontade da empresa. As instituições financeiras até oferecem seguros para cartões e serviços de transferência, como o PIX. Mas, além do custo ao consumidor, essa medida não coíbe a ação criminosa. Afinal, o dinheiro continua com os bandidos.
Tecnologia promete rastrear dinheiro roubado
O Detectaflow padroniza as contestações em meios de pagamento em caso de fraudes, golpes e erros operacionais entre as instituições financeiras por meio de um canal centralizado. Na prática, quando ocorre um golpe, a ferramenta rastreia a movimentação do dinheiro em operações realizadas. A solução ofertada ao mercado para testes contempla TED, DOC e boletos. A partir de maio, o Pix deve ser incluído. No futuro, o serviço deve ser expandido para cartões e criptomoeda.
Quando uma fraude ocorre, 80% das pessoas não recebem o dinheiro de volta e somente 20% conseguem ressarcimento. O Detectaflow tem o objetivo de ajudar nesse problema do mercado, pois cada instituição analisa pontualmente caso a caso para decidir o reembolso da fraude.
Murilo Garcia, Superintendente de Dados da Nuclea, empresa responsável pela tecnologia.
Como funciona?
A Nuclea está olhando o pós-fraude, para entender o comportamento dos golpistas de forma mais rápida. A solução integra uma visão com machine learning, que acompanha todo o processo da fraude de entregar com rapidez e tecnologia as informações para minimizar seus impactos.
Murilo Garcia
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Fonte: Olhar Digital
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