A Arcturus, nova variante da Covid-19, já circula no Brasil. A cepa recém-descoberta do coronavírus foi detectada num caso Estado de São Paulo, segundo informações do Ministério da Saúde. Sequenciada pela primeira vez na Índia em janeiro de 2023, variante está presente em quase 40 países.
Essa linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês) pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Isso por conta da sua rápida disseminação em questão de semanas.
Como é essa nova variante da Covid-19
Em comparação a cepas anteriores, a Arcturus provoca sintomas diferentes (por exemplo: conjuntivite e febre alta). Porém, a nova linhagem não apresentou, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações, nem parar gerar riscos mais graves à saúde dos infectados, segundo especialistas.
De acordo com o Ministério da Saúde, essa linhagem “não indica riscos à saúde pública se comparada a XBB.1.5 – que é a principal cepa em circulação no País – e nem de aumento na gravidade dos casos”. Além disso, vacinas disponíveis atualmente dão conta de garantir a proteção contra a variante recém-descoberta.
A Arcturus é uma linhagem que descende da BA.2 – que por sua vez derivou da Ômicron – e por causa da sua rápida disseminação em alguns países no mundo, como Índia e Estados Unidos, a OMS mudou, no último dia 17, o tipo de classificação de “variante de monitoramento” para “variante de interesse”. A linhagem já foi sequenciada em ao menos 37 países, incluindo Austrália, Canadá e Reino Unido.
Aumento da circulação
Globalmente, houve um aumento semanal na prevalência da Arcturus no mundo, segundo dados apresentados pela OMS. Entre o final de fevereiro e início de março de 2023, a prevalência da XBB.1.16 era de 0,52%. Atualmente, o índice subiu para 4,31%. A linhagem mais comum atualmente é a XBB.1.5, também conhecida como Kraken, com 45%.
De acordo com a OMS, a avaliação de risco global para Arcturus é baixa em comparação com a Kraken. Mas a possibilidade de a primeira se tornar mais predominante que a segunda não está descartada.
O último relatório técnico da OMS, publicado nesta semana, informou que nenhuma mudança na gravidade da saúde de pacientes contaminados foi relatada em países onde a XBB.1.16 está circulando. Somente na Índia e na Indonésia observou-se um ligeiro aumento na ocupação de leitos. Mas níveis de internações ainda estão bem abaixo do que foi presenciado em ondas de variantes anteriores, segundo a organização.
Embora riscos da Arcturus sejam baixos, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, citou a variante em seu discurso de abertura, numa entrevista coletiva realizada no último dia 26. “Como ilustra o surgimento da nova variante XBB.1.16, o [corona]vírus ainda está mudando e é capaz de causar novas ondas de doenças e mortes”, disse.
Adhanom afirmou ter esperanças de declarar o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde pública ainda em 2023.
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Fonte: Olhar Digital
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