Abril foi bem movimentado para o Sol, com o número médio de manchas solares superando as previsões oficiais pelo 26º mês consecutivo. De acordo com a plataforma de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, 96 regiões ativas foram detectadas em média na estrela no mês passado.
Para ilustrar esse cenário, o astrônomo amador Senol Sanli, de Bursa, na Turquia, empilhou 30 imagens diárias do Sol feitas pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA.
“Esta imagem mostra todos os grupos de manchas solares de abril”, diz Sanli. “Inclui todas as regiões ativas numeradas de AR3267 a AR3292”.
A abundância de manchas solares reforça um consenso crescente entre os cientistas de que o máximo solar pode estar chegando mais cedo do que o esperado – talvez já no fim de 2023.
Estima-se que o pico de atividade pode trazer de 50% a 100% mais manchas solares do que se vê hoje em dia, classificando o atual ciclo solar como acima da média.
O que são manchas solares e o que elas provocam?
O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.
No auge dos ciclos solares, o Sol tem uma série de manchas em sua superfície, que representam as regiões ativas (com concentrações de energia). À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de energia.
De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras estabelecido pela NOAA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último.
Essas erupções enviam partículas carregadas de radiação solar à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação.
Fonte: Olhar Digital
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