Astronomos detectaram pela primeira vesz uma estrela devorando um planeta gigante, com tamanho equivalente ao de Júpiter, o maior do Sistela Solar. O flagrante inédito foi publicado nesta quarta-feira (3) na revista Nature.
Por que é importante?Astrônomos já registraram gigantes vermelhas antes e cálculos indicavam que em alguns casos elas poderiam engolir planetas. No entanto, isso nunca havia sido flagrado.
Esse tipo de evento foi previsto por décadas, mas até agora nunca observamos como esse processo se desenrola
Kishalay De, astrônomo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts em Cambridge e principal autor do estudo
Estrela engolindo planeta é um registro inédito
Como o registro foi feito? Os pesquisadores usaram a espaçonave da NASA, Neowise (Explorador de pesquisa infravermelho de campo amplo), em conjunto com telescópios terrestres para fazerem a observação. O registro foi batizado oficialmente de ZTF SLRN-2020.
O planeta tinha um tamanho parecido com o de Júpiter e estava mais próximo da estrela do que Mercúrio está do nosso sol. Na medida em que a estrela cresceu, sua atmosfera acabou engolindo o planeta, encolhendo sua órbita e, eventualmente, enviando-o para baixo da superfície visível da estrela, como um meteoro queimando na atmosfera da Terra.
O astro cresceu durante o processo e chegou a ficar temporariamente maior e mais brilhante, foi nesse momento que foi registrado. Outras observações já mostraram que ela voltou ao tamanho que tinha antes de comer o vizinho.
Isso pode ocorrer com a Terra e o Sol? Em cerca de 5 bilhões de anos, nosso Sol passará por um processo de envelhecimento semelhante, possivelmente atingindo 100 vezes seu diâmetro atual e se tornando o que é conhecido como gigante vermelho . Durante esse surto de crescimento, ele absorverá Mercúrio, Vênus e possivelmente a Terra.
Brilho gigante do evento permitiu a observação
Muitas poucas coisas no universo brilham na luz infravermelha e depois brilham na luz óptica em momentos diferentes. Portanto, o fato de NEOWISE ter visto a estrela brilhar um ano antes da erupção óptica foi fundamental para descobrir o que era esse evento
Kishalay De
Fonte: Olhar Digital
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