Em um sistema solar na Constelação de Orion, os pesquisadores observaram uma supererupção solar extremamente poderosa, uma das maiores já observadas. Ela é 10 vezes mais massiva do que qualquer uma que já vimos acontecer no Sol e pode acabar com que estiver na sua frente.

O motivo das supererupções acontecerem até então não é compreendido pelos pesquisadores, mas eles acreditam que o fenômeno está ligado a estrelas que possuem uma atividade altamente magnética. Essas explosões podem ser acompanhadas de ventos solares capazes de destruir a vida em planetas que ele atingir.

Supererupção solar pode nos atingir?

O sistema solar onde a explosão que aconteceu a supererupção fica a cerca de 400 anos-luz da Terra, e felizmente estamos a salvo das suas consequências. Ele é chamado de V1355 Orionis e é composto por um sistema binário de duas estrelas cheias de manchas solares, o que indica alta atividade magnética e que outras explosões poderosas aconteceram por ali.

Geralmente, as erupções solares são causadas quando as linhas do campo magnético da estrela se emaranham, encaixam e reconectam liberando radiação que é visível em todo espectro eletromagnético. 

Essas explosões podem acarretar enormes loops de plasma que alcançam milhares de quilômetros acima da superfície da estrela, se eles foram rápidos o suficiente, eles podem se libertar para o espaço tornando-se uma ejeção de massa coronal.

Como foi feito? Para observar essa supererupção na constelação de Orion, os pesquisadores utilizaram dois telescópios: o Transiting Exoplanet Survey Satellite e o Telescópio Seimei no Japão. As análises da explosão foram feitas em diversos comprimentos de onda para entender a complexidade e evolução do evento.

A supererupção explodiu a mais de 3,5 milhões de quilômetros por hora, muito acima da velocidade de escape da estrela, o que liberou trilhões de toneladas de material eletricamente carregado no espaço.

Os danos que uma ejeção de massa coronal como essa podem causar ainda não são muito claros, mas os pesquisadores apontam que seria catastrófico. Mas apesar de não influenciar diretamente a Terra, a supererupção mostra locais onde provavelmente não existe vida para ser procurada.