Ainda que tenha ganhado continuações e spin-offs no decorrer dos anos, foi a primeira série animada de Cavaleiros do Zodíaco que teve maior popularidade e conquistou mais fãs. Com o lançamento de um live-action nos cinemas, algumas pessoas devem se perguntar quais são as diferenças entre o filme e o desenho de Cavaleiros do Zodíaco. Por isso, vamos abordar os principais pontos de divergência entre as duas obras.
Mitologia simplificada e menos cavaleiros (ao menos, por ora)
O desenho de Cavaleiros do Zodíaco, exibido originalmente no Japão entre 1986 e 1989, era uma adaptação consideravelmente fiel do mangá criado por Massami Kurumada. A história acompanha um órfão, Seiya, que descobre ter uma força de origem cósmica chamada Cosmo e que seu destino é ser um dos guardiões da deusa Atena, encarnada numa garota chamada Saori.
Além dele, outros jovens estão predestinados a esse papel, de Cavaleiros de Atena. Cabem a eles, ao lado da deusa, evitar qualquer tipo de ameaça ao planeta. São 88 guerreiros, no total. O anime apresenta já nos primeiros episódios essa mitologia, inclusive revelando a existência de muitos desses cavaleiros, como os 12 de ouro (cada um relacionado a um signo do zodíaco).
Por sua vez, o filme passa apenas pela superfície dessa mitologia. Um dos exemplos disso é que nem todos os cinco protagonistas aparecem no longa. Somente Seiya e Ikki estão no live-action. Logo, nada de Shun, Shiryu, Hyoga ou qualquer menção a eles. Provavelmente, existem planos para apresentá-los em eventuais continuações.
Um Mitsuma Kido diferente
No desenho animado de Cavaleiros do Zodíaco, uma das figuras centrais era Mitsumasa Kido, um empresário que reúne diversas crianças em todo mundo, no intuito de despertar o Cosmo nelas. Ele que adotou Saori, a encarnação da deusa Atena, e utiliza sua riqueza para sair em busca dos cavaleiros.
Talvez no intuito de ter um elenco mais universal, o filme faz mudanças na etnia do personagem, que ganha um nome ocidental, Alman Kido, e é interpretado pelo britânico Sean Bean (O senhor dos anéis). No desenho, Mitsumasa é avô adotivo de Saori, enquanto no filme ele faz as vezes de pai postiço.
Na versão animada, ele organiza torneios de luta que servem ao propósito de identificar os potenciais cavaleiros. Já no longa, no empresário não está diretamente envolvido diretamente nessas competições, mas acaba por descobrir Seiya justamente ao observar um combate.
Nada de Saga do Santuário (por enquanto)
A primeira saga de Cavaleiros do Zodíaco está entre as mais lembradas (e queridas) pelo público. Nesse momento inicial, vemos os embates dos candidatos a cavaleiros disputando suas armaduras. E a Saga do Santuário tem o seu ápice durante a Batalha das Doze Casas, quando Seiya e seus amigos enfrentam os cavaleiros de ouro para salvar a vida de Atena.
Caso seja adaptada para os cinemas, a Saga do Santuário só deve se desenvolver de maneira mais próxima do original em eventuais continuações. Será que teremos os momentos dramáticos desse embate entre cavaleiros de bronze e cavaleiros de ouro? Até porque o live-action não faz menção direta ao Santuário. A ver.
Mais parecido com o reboot
A mais recente animação de Cavaleiros do Zodíaco, que teve a primeira temporada lançada exclusivamente na Netflix, em 2019, reapresenta os personagens para novas gerações. A série, que agora é exibida pelo Crunchyroll, além de trazer a trama para dias atuais, traz algumas mudanças.
Uma das mudanças, que também aparece no filme, é a criação do vilão Guraad, que deseja derrotar os deuses e dominar o planeta. No entanto, o longa também faz algumas alterações. No live-action Guraad é uma mulher, interpretada por Famke Janssen. Além disso, ela é ex-esposa de Alman Kido.
Desse modo, no filme com atores, Guraad não apenas se volta contra os cavaleiros, mas contra a própria filha adotiva, Saori.
Fonte: Olhar Digital
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