O lançamento do ChatGPT impactou a forma com o que o Google funciona. Em fevereiro, Jeff Dean, que foi chefe de inteligência artificial da empresa por muito tempo e é considerado o padrinho da IA, anunciou que a companhia mudaria a forma com que vinha trabalhando e adiaria o compartilhamento de suas pesquisas com o resto do mundo.

Mudança do Google

Durante os anos em que esteve no Google, Dean administrou o departamento de IA como se fosse uma universidade. Ele incentivou os pesquisadores a publicarem artigos científicos acadêmicos e, de acordo com o Google Research, foram quase 500 estudos desde 2019.

A mudança aconteceu justamente com o lançamento do ChatGPT. Segundo Dean, a OpenAI acompanhou as pesquisas e artigos da big tech, e parte do que foi fundamental na tecnologia do chatbot rival veio do Google.

Modo defensivo nas pesquisas de IA

Progresso desenfreado de IA

Com o anúncio da mudança na política e o trabalho voltado para produtos com IA, o CEO do Google, Sundar Pichai, garantiu que o progresso não significa irresponsabilidade.

Para garantir o desenvolvimento ousado e responsável da IA ​​geral, estamos criando uma unidade que nos ajudará a construir sistemas mais capazes com mais segurança e responsabilidade.

Sundar Pichai

Um porta-voz da companhia, Brian Gabriel, ainda reforçou que “a IA responsável continua sendo uma das principais prioridades da empresa”.

Reações ao Google

Isso, porém, não vai ao encontro do que outros funcionários vêm alertando. Eles descrevem que o Google saiu do “tempo de paz” para o “tempo de guerra” para alcançar concorrentes.

Além disso, a restrição de publicações desmotivou pesquisadores do departamento. Alguns continuavam na empresa justamente pela oportunidade de participar em discussões mais amplas sobre o seu campo. Ainda, acreditavam que a transparência externa beneficiava discussões e o público, e acharam a nova política “performática”.

Já outros veem a decisão do Google como algo inteligente ao estabelecer padrões no setor emergente da IA.

Com informações de Washington Post

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