Urano, normalmente, já não é visível a olho nu aqui da Terra. No entanto, a partir desta semana, o planeta não poderá ser visto nem mesmo com a ajuda de telescópios.
Isso porque ele está se aproximando de um momento chamado pelos astrônomos de conjunção solar, a partir do qual vai “desaparecer” por completo do céu noturno, mergulhando no brilho solar por algumas semanas.
Durante sua aproximação máxima com o Sol, Urano vai estar a menos de um grau de distância do astro, o que vai acontecer na terça-feira (9), às 16h46 (pelo horário de Brasília).
De acordo com Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital, isso ocorre uma vez em cada ciclo sinodal do planeta, que é o período necessário para um corpo chegar à mesma posição do Sol, quando observado a partir da Terra – que, no caso de Urano, é de 370 dias.
“Urano volta a aparecer no céu noturno no final das madrugadas do início de junho”, explicou Zurita. “A partir daí, a cada noite, ele vai estar mais alto no céu, até sua próxima oposição, que será em 9 de novembro”.
Quase ao mesmo tempo de sua aproximação máxima com o Sol, Urano passará pelo apogeu – seu ponto mais longe da Terra – atingindo uma distância de 20,66 Unidades Astronômicas (UA) do nosso planeta, ou seja, mais de 20 vezes a distância entre nós e o Sol, que é de aproximadamente 150 milhões de km. Isso significa que ele estará a cerca de três bilhões de km daqui.
Fonte: Olhar Digital
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