A Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Bahia só foi oficializada na última semana, mas o Grupo City já atua no clube desde dezembro. O investimento para a primeira temporada foi recorde, com quase R$ 80 milhões gastos. O problema foi que o valor não refletiu em campo e os primeiros momentos da nova era frustaram a torcida. Mais do que isso, o início de ano do Tricolor foi muito ruim, com eliminação na primeira fase da Copa do Nordeste e goleadas sofridas para Fortaleza e Sport. Até conseguiu o título baiano, mas ainda foi pouco.
Chegou o Brasileirão e o temor de uma vexame histórico, em meio a notória fragilidade defensiva da equipe, se tornou ainda maior com as derrotas para Bragantino e Botafogo nas duas primeiras rodadas. O alento foi na competitividade mostrada, principalmente contra a equipe carioca. A sequência então colocou o Vasco, em São Januário lotado, e o triunfo (como gostam), o primeiro contra um time de Série A em 2023, aconteceu. Contra o Coritiba, na Arena Fonte Nova, venceu e convenceu, alterando as análises.
A melhora da fragilidade defensiva veio ainda na reta final do Baianão, mas as lesões constantes impediram que os jogadores pudessem jogar junto. Nesse momento, a ousadia do técnico Renato Paiva foi premiada. O português escalou Rezende como zagueiro pela esquerda e o -será que- ainda volante emenda grandes atuações. Rezende tomou conta de tal forma que Vitor Hugo, contratado para ser o dono da zaga, sequer estreou, mesmo já estando no banco de reservas nos últimos três jogos.
Outro que se destaca no momento é David Duarte, que acumulou falhas, foi para o fim da fila na posição e já parecia fora dos planos do torcedor. Mais protegido em um esquema com três zagueiros, ele teve suas qualidades evidenciadas. deu a volta por cima e ainda foi coroado com gol contra o Coxa. Junto com Kanu e Rezende fez a equipe ceder menos chances aos adversários.
Mas a melhor proteção não passa apenas por isso. As melhores atuações vieram com as entradas de Thaciano, no meio de campo, ajudando no equilíbrio da equipe, e Matheus Bahia, que por marcar melhor, colocou Chávez no banco, contratação mais cara da história do clube, na briga pela lateral-esquerda. Os dois jogadores ainda são influentes no ataque, participando de gols do Bahia no Brasileirão.
Já do lado direito, o antes renegado atacante Vitor Jacaré se tornou um ala, fechando uma linha de cinco nos momentos defensivos e criando problemas aos adversários na hora de atacar. Jacaré, que tem apenas 22 anos, já mostra que não é apenas um jogador folclórico e se destaca na sua melhor temporada da carreira.
Esses são alguns personagens de uma equipe que parecia morta, fadada ao rebaixamento certo, mas que agora mostra ter capacidade de competir, como prometeu o CEO do Grupo City, Ferran Soriano, para este primeiro ano da nova era. Outros que já se destacavam são Acevedo, Cauly e Biel. Difiícil acreditar que o Bahia apronte algo de grande no Brasileirão, mas as atuações e resultados recentes dão um alívio ao torcedor.
Fonte: Ogol
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