A reguladora antitruste da Itália, Autoridade da Concorrência Italiana (AGCM, na sigla em italiano), informou nesta quinta-feira (11) que abriu uma investigação contra a Apple por suposto abuso de sua posição dominante no mercado de aplicativos.
A avaliação vem após a agência observar que a big tech vem penalizando desenvolvedores de aplicativos terceirizados ao impor “uma política de privacidade mais restritiva” do que se aplica a si mesma.
Para o órgão, desenvolvedores também estão em maior desvantagem quanto aos “termos de qualidade dos dados disponibilizados pela Apple”. Eles também recebem informações menos abrangentes sobre o sucesso de suas campanhas publicitárias.
A alegada conduta discriminatória da Apple pode causar uma queda nas receitas de publicidade para anunciantes terceirizados, em benefício da divisão comercial da Apple.
AGCM em comunicado.
A agência acrescentou que condutas como essa podem afastar os concorrentes do mercado de desenvolvimento e distribuição de aplicativos, beneficiando apenas os aplicativos internos da Apple, seus dispositivos móveis e seu sistema operacional iOS.
De acordo com a lei de concorrência da União Europeia, as empresas consideradas culpadas de abuso de domínio de mercado correm o risco de multa de até 10% do faturamento anual.
Europa de olho nas big techs
Esse não é, no entanto, o único escrutínio que a Apple enfrenta na Europa. Recentemente, a Comissão Europeia informou estar buscando mais informações sobre o Apple Pay, sistema de pagamento móvel da Apple, como parte de um processo antitruste em andamento contra a fabricante do iPhone.
Segundo a reguladora da UE, a Apple restringe o acesso dos rivais à sua tecnologia usada para carteiras móveis, dificultando o desenvolvimento de serviços rivais em dispositivos da empresa.
A Apple não é a única a virar alvo da AGCM. No início de abril, o órgão também abriu uma investigação para avaliar abuso de poder da Meta.
Com informações da Reuters
Fonte: Olhar Digital
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