Na semana passada, a colunista do UOL, Paula Gama, trouxe a informação de que associações de concessionários Peugeot e Citröen enviaram documentos à Stellantis, reclamando da qualidade de seus veículos.
O veículo que mais sofreu críticas foi o C3, lançado em agosto de 2022 e que já passou por 15 recalls. Outra reclamação é a de que o carro não tem recebido peças de reposição para os recalls.
Segundo informações do UOL, são várias as reclamações de clientes e funcionários da Citroën acerca da manutenibilidade do C3. “Sempre que um cliente sobe a rampa da concessionária com um C3, já sei que vou me indispor. É desesperador. O carro dá problema, a gente sabe o que é e como resolver, mas não tem peça. O cara se irrita, não tem jeito”, afirmou um gerente de pós-vendas.
Os recalls foram solicitados entre outubro e maio, solicitando a troca das seguintes peças/verificação dos seguintes defeitos:
- Software do multimídia;
- Faróis dianteiros;
- Suspensão dianteira;
- Chicote de rádio;
- Pedal do freio;
- Telecodificação do rádio;
- Pivô da suspensão dianteira;
- Vidros das portas dianteiras;
- Fechadura da tampa do porta-malas;
- Software BCCM;
- Regulagem dos faróis;
- Chicote do motor;
- Motoventilador;
- Tampa do tanque de combustível;
- ABS traseiro.
No Reclame Aqui, são muitos os consumidores queixando-se do C3. Entre algumas das reclamações, estão justamente os vidros dianteiros – há casos em que o motorista percebe o problema de subida e descida do componente no dia da entrega do automóvel.
Comprei dois carros Citroën C3 e os dois vieram com defeito no sistema de fechamento dos vidros. Um dos carros também apresenta barulho durante a frenagem. Tirei os carros da concessionária no dia 02/03 e relatei o defeito no mesmo dia. Até agora, nenhuma resposta, nenhuma solução.
Morador de Brasília, no Reclame Aqui
Outro problema comumente relatado é a falta de carro reserva:
Desde quando comprei meu C3 tenho tido diversos problemas com ele, a impressão que dá é que este carro foi lançado como um teste para que os primeiros usuários fossem detectando os problemas a serem corrigidos. Já estive na concessionária algumas vezes, mas grande parte destes problemas acabam não sendo corrigidos por serem intermitentes ou por falta de peças.
Outro cliente da Citroën
O cliente cita ainda que, em uma das vezes nas quais deixou o veículo na concessionária, ele ficou três dias, mas nenhum problema foi resolvido. Ele alega serem 11 os problemas em seu carro, dentre os quais: dificuldade para trancar, problema nos vidros elétricos, erros na central multimídia, erros na marcação de média de consumo do computador de bordo e falhas no ar-condicionado.
Um mecânico ouvido pelo UOL sob anonimato explicou haver veículos consertados durante as campanhas de recalls, mas antes de serem entregues aos donos. “Quando tem campanha, o carro ainda não foi entregue e tem peça, a gente conserta antes de chegar no proprietário. Esses dão sorte.”
Resposta da Stellantis
Questionada, a Stellantis, que cuida da Citroën e da Peugeot no Brasil, respondeu, acerca da veracidade da existência de 15 chamados de recalls, que “ações feitas pelos concessionários envolvem atualizações gratuitas de melhoria do produto, mantendo assim o compromisso da Stellantis com a satisfação do cliente”.
Já com relação às queixas de seus clientes, a empresa afirmou cada questionamento é respondido de forma individual por questões de compliance e controle. Portanto, seria necessária a cessão de dados pessoais, como nome do proprietário e número do protocolo de atendimento.
Por fim, sobre a insatisfação e reclamações dos concessionários, enviadas na carta à Stellantis, a companhia ressaltou que “detém os mais rígidos testes de qualidade, alinhados com as melhores práticas globais e que inconvenientes pontuais de abastecimento de peças são tratados e corrigidos com a maior velocidade possível”.
Com informações de UOL
Fonte: Olhar Digital
Comentários