A primeira fase da SpiN-Tec, a vacina brasileira contra a covid-19, apresentou resultados positivos. O imunizante é desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os dados preliminares da vacina indicam que não há problemas de segurança e que existe potencial para gerar uma resposta imunológica ao vírus.
A segunda fase clínica contará com 372 voluntários de 18 a 85 anos e deve começar em junho. Os voluntários precisarão ter sido vacinados com as duas doses iniciais da vacina CoronaVac ou AstraZeneca e as doses de reforço da Pfizer ou AstraZeneca.
Na segunda fase, o foco será a imunogenicidade, que verificará o nível de anticorpos gerado e a resposta de linfócitos na proteção do organismo.
Diferentemente dos testes realizados com as primeiras vacinas, os testes da SpiN-Tec têm o objetivo de usar a vacina como uma dose de reforço.
Seria muito difícil, neste momento, ir atrás dos poucos no Brasil que não foram vacinados com nenhuma dose. A estratégia do CT Vacinas da UFMG foi mesmo desenvolver um imunizante que sirva como reforço. O nosso tem o diferencial de focar na imunidade celular. Quando os anticorpos neutralizantes falham, é a imunidade celular que segura a infecção e a deixa leve. Então, a gente acredita que essa vacina vai ser ideal para proteger contra novas variantes. Enquanto outras vão perder a eficácia, a nossa não deixa as variantes escaparem da imunidade.
Helton Santiago, coordenador dos testes clínicos da vacina.
Com informações de Agência Brasil.
Fonte: Olhar Digital
Comentários