A Oppo fechou uma parte de sua empresa, responsável pelo desenvolvimento de chips MariSilicon. O movimento, segundo a imprensa chinesa, está respaldado em incertezas do mercado de smartphones, que vem encolhendo e vendendo menos a cada relatório trimestral.

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O que você deve saber:

Nós conhecemos as empresas que criam chips para outras marcas, como AMD, Intel e Nvidia, enquanto cada vez mais algumas desenvolvem suas próprias soluções, como a Apple e os M dos Mac e os A dos iPhones e iPads, o Google com o Tensor dos celulares Pixel e Samsung com seus Exynos, junto da Oppo com o MariSilicon.

A Oppo deve abandonar esta tendência de mercado, pois desativou a empresa subsidiária Zeku que é responsável pelo desenvolvimento dos MariSilicon. O fim das atividades deste braço da marca chinesa foi tão de supetão, que funcionários foram avisados menos de um dia antes e um deles sequer conseguiu retornar para buscar seu notebook.

Câmeras Hasselblad do Oppo Find X5 Pro contam com o reforço do processador de imagens MariSilicon X
Câmeras Hasselblad do Oppo Find X5 Pro com reforço do chip de imagens MariSilicon X/ Divulgação: Oppo

MariSilicon é focado em uma tarefa, não tudo (ainda)

Segundo o South China Morning Post, a Oppo apontou para a atual situação do mercado de celulares para a decisão, junto de incertezas internas.

Diferente de como funcionam as soluções de Apple, Google e Samsung, o chip MariSilicon foi desenvolvido para trabalhos específicos e não para comandar todo o celular. A primeira versão, com sufixo X, foi criada para melhorar a qualidade de imagens e lançada inicialmente no fim de 2021.

Já o MariSilicon Y foi lançado em dezembro do ano passado e ele tem o áudio como objetivo, permitindo transmissão via Bluetooth sem compressão e reprodução em 24 bits. Comparando com as soluções do mercado, este chip promete ser 50% mais eficiente justamente na conversa com fones de ouvido e caixas de som.

Nos dados técnicos, ele é basicamente um chip para Bluetooth, capaz de lidar com transmissões de 12 Mbits, o que permite transmissão de música lossless em 192 kHz e 24 bits, áudio espacial e um novo codec chamado URLC.

Agora, com a interrupção da divisão responsável por esses chips, não é possível mais afirmar que a Oppo continuará desenvolvendo seus próprios componentes. Um rumor recente apontava para uma solução completa, justamente para competir junto do Exynos da Samsung, Tensor do Google e A da Apple.

Com informações: 9to5Google.

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