Uma animação muito interessante da NASA reforça o quanto os buracos negros merecem ser considerados verdadeiros “monstros” cósmicos. Eles se encontram no centro da maioria das grandes galáxias (inclusive em nossa própria Via Láctea), possuindo entre 100.000 e dezenas de bilhões de vezes a massa do nosso Sol.
Conforme explica a agência espacial norte-americana, qualquer luz que cruze o horizonte de eventos – o ponto sem retorno do buraco negro – fica presa para sempre, e qualquer luz que passe perto dela é redirecionada pela intensa gravidade do objeto supermassivo. Juntos, esses efeitos produzem uma “sombra” com cerca de duas vezes o tamanho do horizonte de eventos real do buraco negro.
10 buracos negros
Na animação, os protagonistas são 10 dos mais conhecidos buracos negros – acompanhados pelo Sol, que começa ao centro da tela e nos permite entender melhor a dimensão dos gigantes. De início, com uma massa cerca de 100.000 vezes maior que a massa de nossa estrela, surge J1601+3113.
Em seguida, muito maior que o primeiro objeto, surge o buraco negro da galáxia Circinus e, logo depois, aparece o da galáxia M32. Este último parece maior que o da galáxia Circinus, por causa da sombra, mas tem metade da massa.
Chega então a vez do buraco negro localizado em nossa galáxia. Sagitários A* possui o peso de 4,3 milhões de Sóis com base no rastreamento de longo prazo de estrelas ao seu redor. Há cerca de um ano, a primeira imagem deste gigante foi divulgada, como mostramos no vídeo abaixo:
Dupla de gigantes
Outras cenas da animação mostram dois buracos negros monstruosos na galáxia conhecida como NGC 7727. Separados por cerca de 1.600 anos-luz de distância, um pesa 6 milhões de massas solares e o outro mais de 150 milhões de sóis. Segundo os astrônomos, o par vai se fundir nos próximos 250 milhões de anos.
Com massa 5,4 bilhões de vezes maior que a do nosso Sol, surge M87*. Ele teve a imagem obtida pela primeira vez em 2017, que foi publicada 2 anos depois. A agência espacial explica que a sombra deste buraco negro é tão grande, que mesmo um raio de luz – viajando a 1 bilhão de quilômetros por hora – levaria cerca de dois dias e meio para atravessá-la.
Por fim, fechando a magnífica galeria, aparece TON 618, um dos poucos buracos negros extremamente distantes e maciços para os quais os astrônomos têm medições diretas. “Este gigante contém mais de 60 bilhões de massas solares e possui uma sombra tão grande, que um feixe de luz levaria semanas para atravessá-lo”, conforme explica a NASA.
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Imagem: NASA/Divulgação
Fonte: Olhar Digital
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