A Eve holding, subsidiária brasileira da Embraer que produz aeronaves elétricas, anunciou nesta segunda-feira (15) que concluiu com sucesso os testes do seu carro voador (eVOLT) em túneis de vento. Os ensaios estavam acontecendo na Suíça.
As informações que obtivemos durante esta fase de desenvolvimento nos ajudaram a refinar ainda mais as soluções técnicas de nosso eVTOL, antes de nos comprometermos com ferramentas de produção e protótipos.
Luiz Valentini, diretor de tecnologia da Eve.
A empresa espera concluir a seleção dos principais fornecedores de equipamentos no primeiro semestre deste ano e começar a construir seu primeiro protótipo em escala real no segundo semestre. Testes adicionais estão planejados para 2024.
Táxi aéreo disponível em 2026
Chamados de eVTOLs (sigla em inglês para “decolagem e aterrissagem vertical elétrica”), a aeronave da Embraer deve iniciar as operações comerciais como um táxi aéreo em 2026. A companhia espera oferecer viagens de até 15 minutos, que deverão custar de US$ 50 a US$ 100 (R$ 246 a R$ 492, na cotação atual) – ou um preço semelhante ao de um táxi executivo.
Nosso parâmetro de comparação é quanto você gastaria para fazer o mesmo trajeto de táxi, só que ficando preso duas ou três horas no engarrafamento. Queremos que seja possível usar esse mesmo dinheiro para fazer um voo de 10 ou 15 minutos.
Daniel Moczydlower, diretor-executivo da Embraer-X, ao G1.
A Eve tem acordos prévios para a compra de cerca de 2.800 eVTOLs. Os contratos abrangem São Paulo e Rio de Janeiro, onde 500 aeronaves poderão operar simultaneamente — 200 no Rio e 300 em SP.
A ideia é que essas aeronaves sirvam principalmente para diminuir ruídos e poluentes, aposentando os helicópteros a combustão. O serviço deve funcionar como o Uber, ou seja, com pagamento e reserva de corridas pelo celular do usuário.
Vale lembrar que eVOLTs diferem de helicópteros ou aviões em vários aspectos, desde a questão sustentável até o design e motores. O eVOLT é movido por energia elétrica e tem foco em viagens curtas. Assim como destaca o seu nome, o veículo faz pouso e decolagem na vertical, o diferenciando-o do avião, por exemplo, que precisa de impulso para decolar.
Com informações da Reuters e G1
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Fonte: Olhar Digital
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