Parte dos motoristas de aplicativos da cidade de São Paulo entraram em greve, resultando em cancelamento de corridas, aumento de espera e aumento nos preços. A paralisação ocorre nesta segunda-feira, 15 de maio, e é motivada pela demanda por melhores condições de trabalho e aumento nos pagamentos feitos pelas plataformas Uber e 99.

A mobilização para a paralisação vem ocorrendo há algumas semanas, com convocações sendo feitas em grupos de mensagens e por influenciadores nas redes sociais. Os motoristas planejaram uma carreata, com concentração na manhã desta segunda-feira na praça Charles Miller, localizada no Pacaembu, zona oeste de São Paulo.

As reivindicações dos motoristas incluem a exigência de um valor mínimo por corrida e um aumento na taxa repassada aos condutores. Eles argumentam que, embora haja reajustes nas tarifas cobradas dos passageiros, esses aumentos não são repassados adequadamente aos motoristas, devido à variabilidade da taxa de retenção feita pelos aplicativos.

Em resposta a aumentos nos preços dos combustíveis ocorridos em 2021 e 2022, as empresas Uber e 99 anunciaram ajustes nos pagamentos repassados aos motoristas. No entanto, essas medidas não foram suficientes para atender às demandas dos motoristas, resultando na atual greve em São Paulo.

greve
Imagem: Vlad Ispas / Shutterstock.com

Segundo a Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), o aumento nas tarifas dinâmicas indica que há menos carros nas ruas do que o normal. No entanto, a entidade não forneceu uma estimativa precisa sobre quantos motoristas aderiram à greve.

O presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza, observou que os preços dinâmicos estão significativamente mais altos do que o habitual, mencionando um teste em que um trecho está R$ 20 mais caro. Essa elevação na tarifa é um reflexo direto da falta de disponibilidade de motoristas devido à greve.

Uber e 99 ainda não se manifestaram sobre o movimento grevista.

Com informações da Folha de S. Paulo.