Após décadas em crescimento, a população da União Europeia (UE) diminuiu em mais de meio bilhão desde 2020, segundo o último levantamento demográfico da Eurostat.
Entre as causas desse declínio está o fato de que têm nascido menos bebês em relação à quantidade de pessoas que morrem. E no cerne da questão está a brutal e ainda persistente pandemia de Covid-19, que causou milhões de mortes apenas na Europa, especialmente entre as pessoas mais velhas.
Soma-se a isso uma maior ansiedade econômica presente entre os casais, levando muitos a adiar ou abdicar totalmente dos planos de ter filhos.
Em janeiro de 2020, havia 447,49 milhões na UE (embora a União Europeia não seja sinônimo de Europa, representa a ampla maioria da população do continente). Em 2021, esse número caiu para 447 milhões e, no ano seguinte, foi de apenas 446,74 milhões. Isso representa uma redução total de 585 mil pessoas.
Tendência mundial
De acordo com a plataforma Eurostat, por causa da pandemia, têm ocorrido grandes ondas de “excesso de mortalidade” (mais mortes do que se esperaria em um determinado período) desde 2020.
Antes disso, a densidade demográfica da UE tinha crescido modestamente, com a população total passando de 429,24 milhões em 2001 para 447,49 milhões em 2020, o que representa um aumento de cerca de 4%.
De certa forma, a queda do número de pessoas na Europa é quase certamente uma prévia do que está por vir para o resto do mundo.
Embora os demógrafos costumassem temer a superpopulação desenfreada, as projeções agora sugerem que o crescimento populacional global terá se estabilizado em grande parte por volta de 2100, antes de começar a cair – provavelmente para sempre. A população da China, por exemplo, caiu pela primeira vez desde a década de 1960 no ano passado.
Fonte: Olhar Digital
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