Uma esponja amarela pode se tornar a grande heroína contra o chumbo na água potável — e não, não estamos falando do personagem da Nickelodeon. Cientistas da Northwestern University, nos EUA, desenvolveram uma esponja reutilizável de baixo custo revestida com nanopartículas capaz de absorver chumbo das águas.
O produto foi testado em água da torneira altamente contaminada por chumbo — com o equivalente a cinco mil vezes mais do que o limite determinado pela FDA (Food and Drug Administration, a Anvisa dos EUA) para água engarrafada – e foi capaz de filtrar rapidamente o metal tóxico para abaixo dos limites detectáveis.
A ideia é que exista uma plataforma básica que possamos utilizar, que consiga lidar com a escala gigantesca do problema e que também seja muito eficaz, eficiente, ecologicamente correta e econômica.
Vinayak Dravid
“Acontece que, no meio-oeste, há muito cobre e zinco na água, porque existe uma indústria de fundição aqui há [quase 200] anos”, diz Dravid. “Toda essa contaminação agora se espalhou. E há necessidade real de solução barata e acessível para água potável por meio de filtragem.”
A estrutura composta pelo nanorevestimento com base de óxido de manganês foi desenvolvida com foco na atração do chumbo. Quando carregada, a esponja pode ser enxaguada em água levemente ácida, onde liberará o chumbo e se tornará própria para uso novamente.
Os pesquisadores afirmaram que uma esponja de 100 gramas pode limpar cerca de 700 galões de água muito contaminada, sem precisar passar pelo processo de enxágue da esponja. Além disso, esse processo também pode ser utilizado para capturar outros metais pesados. Ainda em Northwestern, a equipe planeja firmar parceria com empresa que administra bueiros locais, com o intuito de começar a capturar cobre e zinco da água.
Dravid também estima que o projeto possa ser elevado a grandes níveis de investimento. “No passado, alguém poderia argumentar que a remediação ambiental é cara”, diz ele. “Isso não é mais uma desculpa. Agora, é possível, porque acho que temos solução acessível. É apenas questão de vontade de implantar e garantir que faremos a coisa certa.”
Com informações de Fast Company
Fonte: Olhar Digital
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