Para o vice-presidente sênior da Amazon e cientista-chefe da Alexa, Rohit Prasad, empresa está no olho do furacão causado pelo boom da IA (inteligência artificial) generativa, tecnologia por trás do ChatGPT e demais chatbots lançados desde final de 2022. Atualmente, rola uma espécie de corrida armamentista entre gigantes do Vale do Silício.

O mundo da tecnologia está encantado com uma nova geração de chatbots desde que o ChatGPT da OpenAI caiu nas graças do público, no final de 2022. Isso pressionou empresas como a Amazon a mostrar seus próprios recursos com IA generativa. A maior entrada da empresa neste nicho, até agora, foi por meio de um serviço de IA para clientes em nuvem.

O que você precisa saber:

Alexa x ChatGPT

Logomarca da OpenAI com Alexa ao lado de iPhone ao fundo
(Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

Prasad disse que é errado pensar que a varejista perdeu a IA generativa – tecnologia por meio da qual pessoas convertam consultas baseadas em texto em respostas “humanizadas”.

A Alexa esteve e está na vanguarda da IA ​​há muito tempo. Fizemos parte do zeitgeist cultural e não diminuiu.

Rohit Prasad, vice-presidente sênior da Amazon e cientista-chefe da Alexa, em entrevista à CNBC

Prasad explicou que, ao contrário do ChatGPT – acessível por meio de navegadores (Google Chrome, Mozilla Firefox, Safari etc) – a Alexa é uma “IA pessoal instantaneamente disponível”, com a qual as pessoas podem se comunicar por voz.

A Amazon estabeleceu liderança inicial em software de voz após lançar sua assistente virtual Alexa em 2014. Mais de 500 milhões de dispositivos com Alexa foram vendidos em todo o mundo, informou a empresa nesta quarta-feira (17). A última vez que a Amazon atualizou esse número foi em 2019, quando estava em 100 milhões.

Visão de cima do aparelho Echo Dos da Amazon com Alexa
(Imagem: Lazar Gugleta/Unsplash)

A Alexa, agora conectado a tudo, desde alto-falantes inteligentes a termostatos, há muito tempo depende da tecnologia de aprendizado de máquina para responder às suas perguntas, buscando dados relevantes.

Porém, surgimento de chatbots com IA capazes de executar funções sofisticadas (por exemplo, escrever ficção e codificar software), destacou limitações de assistentes como a Alexa. Ou seja, a visão de ficção científica do fundador da Amazon, Jeff Bezos, para Alexa se assemelhar a um computador onisciente de “Star Trek” não deu exatamente certo.

IA da Amazon

Prasad disse que a Amazon trabalha para tornar Alexa mais conversacional e inteligente. Uma maneira que espera fazer isso é por meio da nova versão de seu próprio LLM (Modelo Grande de Linguagem), chamado Alexa Teacher Model.

Grandes modelos de linguagem alimentam a IA generativa – e a Alexa já é alimentada pelo LLM da Amazon. Agora, objetivo da empresa é tornar Alexa capaz de atender solicitações complexas e entender mais sobre os usuários.

Prédio da Amazon
(Imagem: Elliott Brown/Flickr)

É aqui que entra todo o contexto de quem você é, o que você está perguntando, onde você está, para tomar a melhor decisão para você naquele momento e em seu nome.

Rohit Prasad, vice-presidente sênior da Amazon e cientista-chefe da Alexa, em entrevista à CNBC

Em sua última carta aos investidores, o CEO da Amazon, Andy Jassy, ​​disse que IA generativa e LLMs são áreas em que a empresa está “investindo pesadamente”. Ele observou também que tecnologias devem “transformar e melhorar praticamente todas as experiências do cliente”.

A empresa publicou listas de empregos sugerindo que planeja implementar um produto no estilo ChatGPT em buscas em sua loja online, informou a Bloomberg. A Amazon também pode adicionar à Alexa recursos baseados em IA e focados em entretenimento e criação de narrativas, revelou o Business Insider.

Com informações de CNBC