Em 2020, 83% dos domicílios estavam conectados à internet no Brasil. Em 2022, número caiu para 80%. É o que revelou a pesquisa TIC Domicílios, feita pela Nic.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR).
Considerando a margem de erro de 1% da pesquisa, quer dizer que acesso à internet caiu, pelo menos, 2% no período analisado. Ou seja, taxa não cresce desde quando pandemia chegou ao país.
Raio-x do acesso à internet no Brasil
Taxa de domicílios conectados no país atingiu 83% em 2020 após adoção de medidas de isolamento social para prevenir disseminação da Covid-19. Já em 2021, nível de conectividade caiu para 81%. E, em 2022, para 80%.
Números levantados pela pesquisa da Nic.br indicam, no mínimo, que acesso às redes no Brasil estagnou, após cinco anos seguidos de alta – entre 2015 e 2017.
Atualmente, 149 milhões de pessoas têm acesso à internet no Brasil, enquanto 36 milhões não têm, segundo a pesquisa. Confira abaixo perfil dos que têm acesso:
Entre usuários entrevistados, 92 milhões (62%) acessam a internet apenas pelo celular – aliás, aparelho é usado por 99% das pessoas conectadas às redes. O segundo meio de acesso mais comum é a televisão (55%), seguida pelo computador (38%).
Normalmente, coleta da TIC Domicílio acontece de maneira presencial, com nível de confiança de 95%. Mas em 2020, por conta da pandemia, a Nic.br realizou a pesquisa por telefone, com questionário reduzido.
Outros recortes
Esses números mostram que exclusão da internet no Brasil está ligada à pobreza e à desigualdade. Ou seja, não é uma questão apenas de disponibilidade tecnológica. Porém, áreas rurais têm infraestrutura de rede mais precária, o que reforça desafio de universalizar cobertura da internet no país.
Pela amostra de 20.688 respondentes, 28% da parcela de domicílios desconectados da internet não tem acesso por causa do preço. Já 26% afirmam falta de habilidade, 16%, falta de interesse, e 7% falta de necessidade.
Ao considerar somente a classe A, a “falta de interesse” salta para 90%. Já a “falta de habilidade” aumenta quando o recorte é feito na faixa etária de 35 a 44 anos, passando para 45%.
Além da baixa renda da população, falta de competição no mercado de provedores encarece serviço em regiões carentes de infraestrutura. Na região Norte, por exemplo, a porcentagem de usuários atendidos por fibra ótica ou cabo fica em 58%, contra 72% no Rio Grande do Sul.
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Fonte: Olhar Digital
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