Por Guillermo Freire, cofundador e co-CEO da Trocafone

Até 2025, a economia compartilhada irá gerar mais de US$ 300 bilhões em novos negócios ao redor do mundo, de acordo com informações da consultoria PwC. Um mapeamento da Confederação de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que oito em cada dez brasileiros estão dispostos a adotar mais práticas de consumo colaborativo.

Dados como esses são animadores para alguém que, assim como eu, acredita que o consumo consciente é uma das principais vias para otimizar os investimentos financeiros de cada cidadão, o acesso a produtos e serviços e o uso dos recursos naturais do planeta utilizados para a produção de novos itens. É claro que, em alguns momentos, precisamos comprar itens novos, exclusivos para o nosso uso. Mas será que essa deve ser sempre a primeira opção?

Hum, acho que não

Veja a questão dos smartphones e notebooks, por exemplo. Às vezes, fica difícil acompanhar a frequência dos lançamentos de novos modelos. Isso chega a gerar em muitas pessoas a sensação de ter em mãos algo ultrapassado, que não tem mais utilidade. Mas nem sempre isso é verdade. Existem diferentes formas de ter acesso a uma tecnologia de qualidade, com nota fiscal e garantia, sem, necessariamente, sacrificar o bolso e a natureza. O mercado de smartphones seminovos, para você ter uma ideia, tem crescido em uma taxa acima de 20%. Especificamente na América Latina e no Brasil, trata-se de um índice superior ao de aparelhos novos.

Mundialmente, tem crescido, também, o interesse das pessoas por alugar aparelhos por meio de uma assinatura anual que permite, ao final do contrato, comprar o item ou substituir por um novo. Para essa dinâmica poder funcionar de maneira adequada, aquecem-se os mercados de concessão de crédito, de reparos dos itens que são devolvidos, de revenda de seminovos e de reciclagem de itens eletrônicos sem condições de uso. Ou seja, todos ganham.

Mais benefícios da economia colaborativa

A economia colaborativa é mais do que simplesmente consumir produtos ou serviços de maneira compartilhada. Ela pede uma nova forma de pensar, de entender que os recursos naturais são finitos, de pensar naqueles que não podem ou não querem investir um alto valor financeiro na aquisição de um produto ou serviço, de entender que o novo consumidor está interessado em otimizar investimentos e comprar com mais estratégia.

Eu, particularmente, sou um fomentador de ações que, realmente, democratizam o acesso à tecnologia. Afinal, é ela a condutora de informação, desenvolvimento, inovação e otimização na nossa vida pessoal e profissional.

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