Como noticiou o Olhar Digital, recentemente o telescópio Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA descobriu dois novos exoplanetas “superterra” orbitando na zona habitável de uma estrela relativamente próxima da Terra. Ambos possuem o tamanho ligeiramente maior que o do nosso planeta e circulam uma anã vermelha.

O que sabemos até agora?

Anãs vermelhas e exoplanetas

A TOI-2095 fez parte do maior grupo de estrelas do universo, as anãs vermelhas. Elas são mais frias que o Sol, mas são conhecidas por terem explosões violentas que liberam radiação ultravioleta e raios-X em sua juventude.

Essa característica pode afetar a atmosfera de planetas próximos, como é o caso dos recém descobertos, criando ambientes não favoráveis à existência de vida semelhante à da Terra, mesmo que eles estejam a uma distância que permita a água em estado líquido. Isso faz com que os dois exoplanetas sejam um bom objeto de investigação para os pesquisadores.

De acordo com a equipe de astrônomos, liderada por Felipe Murgas, os períodos orbitais relativamente longos dos exoplanetas podem fornecer informações de como são os processos que formam os pequenos mundos em sistemas planetários de anãs vermelhas.

TESS, caçador de novos mundos

O TESS da NASA foi lançado em abril de 2018, e desde lá já descobriu 330 exoplanetas confirmados e 6400 candidatos esperando serem analisados. A descoberta do TOI-2095b e TOI-2095c mostra ainda mais as habilidades do telescópio.

Agora os pesquisadores esperam fazer novas análises dos dois exoplanetas para calcular com precisão a velocidade radial deles, a fim de melhorar a estimativa quanto a suas massas e densidades, e ver se eles conseguiram manter atmosferas.