A corrida espacial nos últimos anos está se focando cada vez mais em empresas privadas. A SpaceX, de Elon Musk, se destaca com a gigantesca frota de satélites Starlink, mas outras companhias também estão entrando na parada, cenário que deve se tornar cada vez mais comum na medida em que a tecnologia fica mais acessível.
O que você precisa saber?
Além de internet e comunicação, os novos satélites também são usados para mapear o mundo, detectar mudanças climáticas e encontrar recursos. No entanto, isso também acarreta em uma necessidade maior de fiscalização, já que quanto mais objetos em órbita, mais lixo espacial.
Ao aperfeiçoar tecnologias para cuidar da saúde humana em colônias espaciais, esses mesmos conhecimentos serão usados para melhorar a qualidade de vida aqui na Terra. A busca de recursos naturais, como minerais, por exemplo, fora do nosso planeta poderá reduzir a pressão que o crescimento da população exerce sobre a Terra. Até podemos pensar em produzir alimentos em outros astros e, assim, reduzir a fome nos países pobres
Euclides Lourenço Chuma, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE)
Uma pesquisa divulgada pela Trends Market Research pequenos satélites foram responsáveis por uma receita de US$ 3,6 bilhões em 2018, e que deverá gerar US$ 15,7 bilhões até 2026.
“A Nova Era Espacial vai além de lançar satélites e sondas para coletar dados científicos. Hoje é uma relevante oportunidade de negócios, motivando empresas privadas a investirem grandes recursos”, finaliza o especialista.
Lixo espacial será problema a médio prazo
Há dez anos atrás a média de satélites lançados por ano era de 80 a 100 lançamentos. Com o passar dos anos essa média cresceu e até o momento de 2022, já foram lançados mais de 2000 satélites somente esse ano. O problema é que o lixo espacial resultante desses lançamentos vão se tornar problemas entre 5 a 10 anos.
Os satélites geralmente localizam-se na órbita baixa da Terra, a cerca de 1000 quilômetros da superfície terrestre, e alguns já causam problemas. A maior parte dos prejuízos são causados pelo lixo espacial a outras instalações espaciais ainda em funcionamento.
Moriba Jah, aerodinamicista da Universidade do Texas em entrevista a Ars Technica acredita que em breve algumas órbitas não estarão mais disponíveis para serem utilizadas. Segundo ele, algumas faixas de órbita vão estar tão lotadas de objetos e detritos que vão acabar sendo “fechadas”.
Para Jah, uma forma de amenizar o problema do lixo espacial é desenvolver um plano para redução de satélites e foguetes de único uso, e promover a utilização de instalações reutilizáveis e recicláveis. “Para aqueles que não podem ser reutilizados e reciclados, vamos então incentivar uma estrutura para descarte responsável, que não é reentrada descontrolada.” completa ele.
Fonte: Olhar Digital
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