Demorou, mas Vitor Pereira, enfim, se pronunciou após a saída do Flamengo. O treinador está de volta a Portugal, onde participou de um evento nesta quinta-feira (18) e analisou seu período no futebol brasileiro.
“Vou descansar, preciso de descansar. O futebol é uma paixão, mas ao mesmo tempo é uma droga. Eu hoje estou bem sem ele, preciso de parar um pouco, mas tenho a certeza de que daqui a dois meses começo a ter dificuldade em viver sem ele. É como viver sem uma droga que não conseguimos largar. Para já estou bem, vou descansar, estar com a família e fazer coisas que já não faço há muito tempo. Depois vou ver se tenho paciência para agarrar um projeto, mas se o bom projeto não aparecer depressa, lá vou eu para mais uma aventura”, declarou o ex-técnico de Corinthians e Flamengo.
Vitor Pereira, de 54 anos, iniciou sua trajetória no futebol brasileiro no Corinthians, em 2022. Após uma temporada em que foi finalista da Copa do Brasil e que classificou o Timão para a Copa Libertadores, o treinador alegou motivos pessoais para retornar ao seu país. Pouco depois, o treinador aceitou um convite para assumir o Flamengo, que havia demitido Dorival Júnior. À época, o português se disse seduzido pelo projeto e pela disputa dos vários títulos que teria pela frente – algo que faltou na passagem pelo Corinthians.
“É muito desgastante porque são viagens constantes, são jogos uns atrás dos outros, de três em três dias, o campeonato é extremamente difícil. Antes de lá chegar não tinha bem a noção, ouvia dizer mas não entendia, mas é muito difícil e muito competitivo. É sair de 30 graus para 15 graus, andar em viagens que são quase entre continentes. Há times a jogar de uma forma completamente diferente e obrigam a que a própria equipe se adapte a formas de jogar muito diferentes, é estar acabar um jogo e já me cobrarem os convocados para o jogo seguinte: quem vai viajar e quem não vai viajar”, analisou.
Vitor Pereira assumiu o Flamengo no dia 2 de janeiro e deixou o cargo pouco mais de três meses depois, no dia 11 de abril. Na passagem, o treinador colecionou decepções, como a eliminação precoce no Mundial de Clubes, a derrota na Supercopa, na Recopa e no Campeonato Carioca.
“Passei do Corinthians para o Flamengo, um clube com 40 e tal milhões (de torcedores), outro clube com 50 e poucos milhões. É muito milhão junto, com algumas guerras também no meio, e sinceramente não foi fácil. Também descansei muito pouco de um projeto para o outro e paguei um pouco a conta. Aliás, ainda estou pagando a conta”, afirmou.
Fonte: Ogol
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