A espécie de rinoceronte-branco-do-norte, praticamente extinta desde a morte do último macho da espécie no Quênia, parece ter nova esperança na ciência. Sudan, o último rinoceronte macho, foi sacrificado em 2018 em decorrência de problemas de saúde irreversíveis.
Agora, restam somente duas fêmeas da espécie, Najin e Fatu, filha e neta de Súdan, porém, uma delas é infértil e, a outra, sofre de lesões no útero. Mas nem tudo está perdido! Ainda existem diversos espermas de rinocerontes-brancos machos congelados, e os cientistas estão utilizando o material para reprodução por meio da técnica de fertilização in vitro.
Além da organização Ol Pejeta Conservancy, que trabalha pela conservação da espécie, uma equipe internacional de cientistas está trabalhando nos procedimentos de procriação, inédito em rinocerontes. Em 2018, a equipe coletou cerca de 80 ovócitos de fêmeas de rinocerontes-brancos-do-sul em zoológicos na Europa. Dessa espécie, ainda restam cerca de 20 mil vivendo no sul da África.
Na fase seguinte dos estudos, os veterinários extraíram ovócitos das duas fêmeas do norte, e conseguiram desenvolver dois embriões da espécie, que estão sendo mantidos em nitrogênio líquido até que sejam transferidos para a fase gestacional em alguma fêmea no futuro.
Essa extração foi feita após tentativas falhas de gestações nas fêmeas de rinoceronte-branco-do-norte. Fatu, neta do último macho da espécie, sofre de lesões degenerativas no útero, enquanto Najin sofre fragilidade nos membros posteriores, se tornando infértil.
A única saída vista pelos cientistas seria implantar os embriões de rinocerontes-brancos-do-norte em fêmeas do sul, mas esse procedimento ainda não foi realizado. Caso obtenham sucesso nesse procedimento, mais de 24 mil outras espécies poderão resistir à extinção.
Com informações de UOL
Fonte: Olhar Digital
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