A vida se originou a partir de pequenos aglomerados de átomos e evoluiu até se tornarem os grandes grupos de seres vivos existentes atualmente, entre eles os dos animais, mas qual foi o primeiro entre eles? Até então existiam alguns concorrentes, mas uma nova pesquisa parece ter sanado essa dúvida.
Uma das principais candidatas para o primeiro animal pluricelular do planeta eram as esponjas, Porifera, devido a terem uma anatomia extremamente simples e nem mesmo tendo um sistema nervoso.
O outro eram os ctenóforos, Ctenophora, também conhecidos como pente-do-mar ou água-viva-de-pente, embora eles não tenham nada a ver com as águas-vivas, e possuam até um sistema nervoso mais complexo.
No entanto, a presença ou não de um sistema nervoso, não representa que um animal é necessariamente mais a frente na linha de evolução que outro, apenas que ela não é linear em relação à complexidade dos seres vivos.
Análise do material genético dos animais
Seja qual das duas opções, o animal mais antigo existiu há cerca de 600 a 700 milhões de anos, e por possuir tecidos moles, não deixou fósseis. Por causa disso, a alternativa encontrada pelos pesquisadores foi analisar arranjos de sequências conservadas das moléculas genéticas de ambos os animais.
Além da esponja e do pente-do-mar, foram observadas o material genético de um micróbio parasitário e de fungos, muito mais modernos. Foi identificada uma sequência no mesmo cromossomo em todos eles, menos no ctenóforo, de forma que o genoma deste está organizado de forma muito mais parecida com os seres unicelulares.
Isso indica que não só que eles são os primeiros animais, como eles o fizeram isso antes mesmo dos rearranjos cromossômicos acontecerem nos outros.
O rearranjo presente nas esponjas foi provavelmente repassado de forma que chegasse até os dias atuais. Apesar de serem apenas alguns genes, eles surgiram há bilhões de anos e durante esse tempo passaram por uma série de divergências que dificultou o trabalho dos cientistas, mas o desenvolvimento dessa pesquisa pode ajudar com que outros mistérios sejam resolvidos no futuro.
Fonte: Olhar Digital
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