Depois da missão Artemis 2, prevista para ser lançada em 2024 com astronautas a bordo da cápsula Orion para uma viagem ao redor da Lua, a NASA, finalmente, vai voltar a pousar humanos no satélite natural da Terra mais de 50 anos após nossa última visita por lá.
Para isso, além do Space Launch System (SLS), da própria agência, encarregado de lançar a espaçonave à órbita lunar, também será usado o mais poderoso complexo veicular já construído: o megafoguete Starship, da SpaceX, que servirá de módulo de pouso na Lua.
De acordo com o contrato firmado entre a NASA e a empresa, a cápsula Orion vai “estacionar” na futura estação lunar Gateway, de onde os astronautas embarcam no Starship, que os levará até a superfície do astro.
Elon Musk, no entanto, não é o único a estar sorrindo de orelha a orelha por ter fechado um acordo tão importante (e bilionário) com o Programa Artemis. O mesmo serviço também será executado, em missões futuras, por um de seus maiores rivais: Jeff Bezos.
Nesta sexta-feira (19), a NASA anunciou, em entrevista coletiva, que a Blue Origin, da qual ele é proprietário, também foi contratada para a mesma função.
Um consórcio liderado pela empresa (que também inclui a Lockheed Martin, a Draper, a Boeing, a Astrobotic e a Honeybee Robotics) venceu a concorrência para o segundo contrato do Sistema de Pouso Humano (HLS) emitido pela agência para as missões Artemis, no valor de US$3,4 bilhões (R$17 bilhões, na cotação atual).
Representantes da Blue Origin disseram que o módulo de pouso, chamado Blue Moon, estará pronto para ser usado na missão Artemis 5, em 2029, após lançamentos e pousos de teste.
Segundo o administrador da NASA, Bill Nelson, “um módulo de pouso adicional e diferente ajudará a garantir o hardware necessário para uma série de pousos para realizar o desenvolvimento científico e tecnológico na superfície lunar”.
Entre as principais diferenças, está a de que o Starship consegue acoplar diretamente na Orion para embarque da tripulação, caso a estação Gateway não esteja pronta até o lançamento da missão Artemis 3, prevista para 2025 ou 2026.
Jeff Bezos processou a NASA por contrato com a SpaceX
Vale lembrar que a NASA pretendia fechar essa parceria apenas com a SpaceX. A decisão motivou a Blue Origin e outra empresa concorrente, a Dynetics, a mover um processo contra a agência, sob a alegação de irregularidades na licitação.
O argumento era de que teria havido favorecimento à SpaceX pelo não cumprimento de uma regra que determinava a escolha de uma segunda empresa como “plano B”.
Em sua defesa, a NASA declarou que restrições orçamentárias a impediam de escolher outra companhia, além do fato de que a proposta da SpaceX era não só a mais qualificada tecnicamente, como também a mais barata.
Embora a Blue Origin e a Dynetics tenham perdido a ação, o Comitê de Apropriações do Senado dos EUA orientou a NASA a, mesmo assim, eleger uma segunda empresa para construir um módulo de pouso lunar, aumentando em US$300 milhões a verba do governo solicitada pela agência para o Programa Artemis para o ano fiscal de 2022 (o que equivaleria, atualmente, a quase R$1,5 bilhão).
Assim, no ano passado, a agência realizou uma nova concorrência, recém-concluída, da qual o grupo “SLD National Team” sagrou-se vencedor.
Com informações do Space.com.
Fonte: Olhar Digital
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