Recibo financeiro em pedra é encontrado em Jerusalém

Arqueólogos encontraram um recibo financeiro de mais de dois mil anos em Jerusalém. Detalhe: o documento foi emitido em pedra. A descoberta foi feita durante escavações na Estrada da Peregrinação, que liga a Cidade de Davi ao Monte do Templo.

Um artigo descrevendo o achado foi publicado na revista Atiquot pelo pesquisador independente Nahshon Szanton, diretor da escavação contratado pela Autoridade de Antiguidades de Israel, e pela epigrafista Esther Eshel, da Universidade Bar Ilan.

Na quarta-feira (17), um comunicado sobre a descoberta foi divulgado no Facebook. Segundo a postagem, a tábua de pedra representa a primeira inscrição descoberta até hoje dentro dos limites de Jerusalém que data do primeiro período romano (entre os anos 37 a.C. e 70 d.C.).

A idade do recibo foi determinada pelos pesquisadores pelo tipo da escrita e da pedra, combinados com uma comparação a outras inscrições contemporâneas.

Como é o recibo de pedra descoberto nas escavações em Jerusalém

Com sete linhas parcialmente preservadas, a inscrição foi esculpida com uma ferramenta afiada em uma laje de giz, contendo nomes hebraicos fragmentados com letras e números escritos ao lado de cada um. 

Alguns dos numerais são marcados com a letra “mem”, que é a abreviação de ma’ot (“dinheiro”, em hebraico), ou com a letra “resh”, abreviação de reva’im (que significa “quartos”).

Para os pesquisadores, “à primeira vista, a lista de nomes e números pode não parecer empolgante, mas pensar que, assim como hoje, os recibos também foram usados ​​no passado para fins comerciais, e que tal recibo chegou até nós, é um achado raro e gratificante que permite vislumbrar a vida cotidiana na cidade santa de Jerusalém”.

Segundo Eli Escusido, diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, muitos itens que estão sendo descobertos na escavação revelam a importância da Estrada de Peregrinação. “Com cada achado, nossa compreensão da área se aprofunda, mostrando o papel essencial da estrada no cotidiano dos habitantes de Jerusalém há 2 mil anos”.