O Sevilla chegou a sua sétima final de Liga Europa em 17 anos. Das outras seis decisões disputadas, o clube espanhol saiu campeão de todas. Um marco histórico na competição, já que os Rojiblancos são os maiores vencedores da segunda competição mais importantedo futebol europeu.
Ser o maior campeão do segundo escalão não é nenhum demérito para o Sevilla, que parece entender até onde sua força vai dentro das competições na Espanha, que valem classificações continentais. Ao longo da história, o clube só tem nove aparições na Liga dos Campeões e a missão fica ainda mais difícil quando se tem Real Madrid, Barcelona e Atlético como principais postulantes a essas vagas.
Diretoria, jogadores e clube como um todo perceberam que a Liga Europa poderia ser o caminho para o Sevilla provar que também pode conquistar o continente, e carimbar a qualidade dos clubes espanhóis quando se trata de enfrentar rivais de outros países.
A história vitoriosa se iniciou na temporada 2005/2006, na ainda chamada Copa Uefa. Na grande final, o Sevilla bateu o Middlesbrough, da Inglaterra, por 4 a 0, com dois gols de Enzo Maresca, um de Luís Fabiano e um de Kanouté.
Então, o clube conseguiu criar um padrão para suas conquistas: manter técnico e base das equipes campeãs. O Sevilla teve na sua primeira final revelações para o futebol mundial, como Daniel Alves e Jesús Navas, além de jogadores prontos e com mercado em clubes maiores, como Luís Fabiano e Saviola.
Com jogadores importantes mantidos, aliado à sequência de trabalho do técnico Juande Ramos, os Rojiblancos chegaram a sua segunda final de Liga Europa uma temporada depois, em 2006/2007, quando venceram o Espanyol nos pênaltis.
Após um hiato de seis anos, o Sevilla voltou a replicar a fórmula e bateu o próprio recorde de finais em sequência. Mantendo uma certa base, com a adição de jogadores novos ao elenco, que em três temporadas transacionaram de reservas a titulares – havendo também o caminho inverso -, foi sob o comando de Unai Emery que o time chegou às finais de 2014, 2015 e 2016.
Em 2013/14 venceu o Benfica, de Portugal, nos pênaltis; Em 2014/2015 a vítima foi o Dnipro, da Ucrânia, que foi derrotado por 3 a 2; E na temporada 2015/2016, Coke, duas vezes, e Kevin Gameiro, deram o placar final por 3 a 1 contra o Liverpool.
A partir desta conquista diante dos ingleses, o Sevilla passou a ter de lidar com uma mudança no regulamento das competições da Uefa, já que a partir de 2015 a entidade aprovou que os campeões da Liga Europa se classifiquem direto à fase de grupos da Liga dos Campeões.
Foi o que aconteceu na temporada 2015/2016. O Sevilla havia vencido em 2014/2015, garantiu vaga na Ligas dos Campeões, mas acabou caindo na fase de grupos da competição. Sendo assim, também por regulamento da Uefa, por ter terminado em terceiro do grupo D, foi “presenteado” com participação na Liga Europa daquele ano e acabando como campeão.
Nesse vai e vem, oscilando entre classificações nas duas competições, o Sevilla voltou a sentar no trono da Liga Europa na temporada 2019/2020, sob o comando de Julen Lopetegui. Novamente com a filosofia de ter uma equipe de revelações e jogadores prontos para alcançar um novo patamar, em verdadeiro equilíbrio na montagem dos elencos, veio a última conquista: 3 a 2 para cima da Internazionale.
Na decisão, o Sevilla vai colocar à prova o seu DNA vencedor contra um competidor dos mais vorazes. Depois de guiar à Roma ao inédito título da Conference League e se tornar o primeiro técnico a vencer troféus nas três competições europeias, José Mourinho tenta dar mais uma inédita conquista aos Giallorossi. O encontro entre Sevilla e Roma está marcado para o dia 31 de maio, às 16h, na Puskás Aréna, em Budapeste, na Hungria.
Fonte: Ogol
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