Está nos planos da Disney, há muito tempo, disponibilizar canais de TV ESPN num serviço de streaming independente. Agora, parece que a empresa começou o trabalho de desacoplar canais dos provedores de TV a cabo para oferecer ESPN diretamente aos “desertores” desse tipo de serviço (nos EUA, pelo menos).

O Wall Street Journal publicou que a Disney começou a preparar o terreno para essa transição. Empresa está em negociações com provedores de TV a cabo e ligas esportivas. Porém, ainda não definiu cronograma para serviço de streaming autônomo da ESPN – que pode levar anos para sair do papel.

Disney e ESPN

Pessoa segurando celular com logomarca da ESPN e, ao fundo, logomarca da Disney está aberta na tela de um computador
(Imagem: Igor Golovniov/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

A ESPN é uma das joias da coroa das TVs a cabo nos EUA. Tanto que ainda estará disponível em plataformas de TV tradicionais, mesmo após Disney lançar serviço de streaming, conforme divulgou o Wall Street Journal.

A Disney estreou o ESPN + em 2018. Embora serviço inclua jogos da MLB (liga nacional de baseball), NHL (liga nacional de hockey) e NFL (liga nacional de futebol americano) – transmitidos exclusivamente pela primeira vez na temporada passada – não possui canais de TV da ESPN.

Como tal, a Disney espera trazer confrontos que a ESPN carrega (incluindo jogos da NBA e da NFL) para o mundo do streaming fora dos limites de serviços como YouTube TV e Sling.

Vale ressaltar que direitos de streaming de esportes são valiosíssimos entre emissoras tradicionais e empresas de tecnologia. A Apple adquiriu alguns direitos da MLB e da Major League Soccer, enquanto YouTube será casa do NFL Sunday Ticket a partir da próxima temporada, por exemplo.

Saídas do catálogo

iPhone com ícones dos aplicativos do Disney Plus e Hulu lado a lado
(Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Falando em streaming da Disney, Disney+ e Hulu irão perder mais de 50 títulos – entre esses, séries, filmes e especiais que se tornaram obsoletos e caros para empresa (veja a lista completa).

Saída cumpre o prometido durante sua apresentação de resultados, realizada em 10 de maio. A mudança faz parte de uma estratégia de corte de custos definida após um prejuízo de conteúdo de US$ 1,5 bilhão (aproximadamente R$ 7,5 bilhão, na cotação atual) a US$ 1,8 bilhão (R$ 9 bilhões).

Vale lembrar que a Disney é apenas mais uma das muitas empresas a definir o corte de gastos como estratégia — ela também entrou para a lista de big techs que realizaram grandes demissões (sete mil ao todo). No campo do streaming, a HBO Max (agora apenas Max) também anunciou a remoção de conteúdos em 2022, focando nos que foram cancelados.

Com informações de The Wall Street Journal