A classificação do Brasileirão ao fim de sete rodadas o deixou surpreso, preocupado ou eufórico? Não há motivos. O futebol brasileiro é conhecido por sua imprevisibilidade e o retrato ao fim de sete rodadas dificilmente será o final. Líderes já foram rebaixados, e lanternas terminaram classificados para a Libertadores. A equipe oGol resolveu comparar a classificação da era dos pontos corridos na mesma altura do campeonato e a conclusão é simples: o mais improvável é que tudo siga como está.
A começar pela liderança. O Botafogo, que viu o Volta Redonda o deixar de fora da disputa do título no Carioca, entrou em baixa no Brasileirão. Mas tudo mudou rapidamente. O Alvinegro não apenas é líder, com 18 pontos, como venceu no caminho “candidatos” como Flamengo, Fluminense e Atlético Mineiro. Há motivos para o torcedor botafoguense se sentir orgulhoso e esperançoso. A liderança a essa altura costuma significar que a briga é na parte de cima. Ao mesmo tempo, manter o posto até o fim é raro.
Ao longo do Brasileirão de pontos corridos, com 20 clubes, em modelo iniciado em 2006, apenas três vezes o líder ao fim de sete rodadas foi o campeão. A última vez em que isso aconteceu foi em 2017, com o Corinthians, repetindo o feito de 2011. O Cruzeiro, em 2014, também manteve-se no topo até o fim do campeonato.
Pelo lado oposto, dois clubes terminaram a sétima rodada como líderes e terminaram rebaixados. Foi o caso do Corinthians, em 2007, e do Internacional, em 2016. Apenas um pouco mais raro do que terminar campeão.
Sem vencer há 13 jogos, o Coritiba é quem mais preocupa entre os atuais ocupantes do Z4. A maior seca entre as quatro divisões nacionais não traz boas previsões. Mas há tempo de reagir, e a inspiração para isso nem está assim tão distante. Em 2022, o Fortaleza era o lanterna, e o foi até praticamente o fim do primeiro turno. O Leão terminou em oitavo, com vaga na pré-Libertadores. No ano anterior, o América Mineiro havia feito praticamente o mesmo. Bons exemplos para o Coxa.
Melhor ainda fez o Botafogo em 2016. De 20º ao fim de sete rodadas, o Alvinegro terminou na quinta posição geral. Novamente, uma exceção: raramente quem começa tão mal consegue brigar no topo. Mas escapar do rebaixamento pode ser o suficiente para evitar o desastre em 2023.
Vasco, Corinthians e América não eram exatamente cotados para o rebaixamento em 2023, e ainda podem sair de lá, claro. No ano passado, além do Fortaleza, o Cuiabá fugiu do descenso depois de um início ruim – precisou apenas pular de 17º ao fim de sete rodadas para o 16º posto. Juventude e Atlético Goianiense estava no Z4 e ficaram por lá.
A rotina tem sido de dois nomes salvos, dois condenados. Em 2021, América e São Paulo estavam no Z4 e escaparam. Em 2020, Atlético Goianiense e Bragantino. Em 2019, Grêmio e Vasco… Quem será que consegue se salvar desta vez?
Fonte: Ogol
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