Policiais indianos descobriram enorme quantidade de âmbar cinzento – frequentemente chamado de “vômito de baleia” – com contrabandistas. O objeto vale milhões de dólares.
As autoridades locais adquiriram o âmbar cinzento ilegal perto da costa de Tamil Nadu, estado no sul da Índia. Cerca de 10 quilos do produto estavam sendo contrabandeados, de acordo com o The Hindu, embora o India Today tenha relatado que a carga pesava pouco menos de 18 quilos.
No último sábado, as autoridades agiram com base em dica e interceptaram veículo contendo várias pessoas e o âmbar cinzento contrabandeado.
O que é o “vômito de baleia”
O Ambergris é uma valiosa substância cerosa que se forma – em casos muito raros – no sistema digestivo de cachalotes. Ela também vale muito dinheiro. “O Ambergris é muito caro e custa cerca de US$ 181,1 mil a US$ 241,5 [R$ 899,4 mil a R$ 1,1 bilhão] por quilo”, disse Seema Latkar, superintendente distrital de polícia da cidade de Mysuru, em entrevista coletiva nesta terça-feira (23), de acordo com o The Hindu.
Isso colocaria o valor da recompensa do âmbar cinzento entre US$ 1,7 milhão e US$ 2,3 milhões (R$ 8,4 milhões e R$ 11,7 milhões), mas possivelmente em mais de US$ 4 milhões (R$ 19,8 milhões).
A caça à baleia é proibida na maioria dos países, e muitos proíbem o comércio de âmbar cinza, mesmo que seja colhido na superfície do oceano.
O comércio de âmbar cinzento é ilegal na Austrália sob a Lei de Proteção Ambiental e Conservação da Biodiversidade de 1999; nos EUA, sob a Lei de Espécies Ameaçadas de 1973; e, na Índia, sob a Lei de Proteção da Vida Selvagem de 1972.
Exatamente como o âmbar-cinzento sai das entranhas da baleia para a superfície do oceano não é conhecido. Muitos especialistas acreditam que as baleias o regurgitam, daí o nome “vômito de baleia”. Outros acham que o liberam do outro lado do trato digestivo.
Com base em discussões recentes com colegas de todo o mundo, inclino-me para a teoria de que o âmbar cinza se forma nos intestinos e passa com a matéria fecal, formando obstrução no reto.
Richard Sabin, curador de mamíferos marinhos do NHM, em postagem no blog do museu
Nos últimos dois anos, a Diretoria de Inteligência Tributária da Índia apreendeu quase 45 quilos de âmbar cinza que estava sendo contrabandeado para fora do país, de acordo com o India Today. Os contrabandistas foram presos.
Com informações de Newsweek
Fonte: Olhar Digital
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