Como prometido, a Microsoft entrou na quarta-feira (24) com um apelo contra a decisão de bloqueio do Reino Unido quanto a compra da Activision Blizzard. A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), regulador antitruste da Grã-Bretanha, vetou o negócio em abril afirmando que o acordo pode gerar um monopólio e prejudicar o mercado de jogos na nuvem. 

Resumo do caso: 

A Microsoft apresentou o recurso ao Tribunal de Apelação da Concorrência (CAT), que trata dos recursos contra as decisões da CMA. O Tribunal se recusou a comentar. 

Após o bloqueio, insatisfeito e descontente, o presidente da big tech, Brad Smith, criticou a decisão dizendo que o capítulo na negociação “abalou a confiança na indústria de tecnologia do Reino Unido”. Em entrevista à BBC, o executivo da Microsoft acrescentou ainda que foi “provavelmente o dia mais sombrio em nossas quatro décadas na Grã-Bretanha”. 

microsoft activision
Imagem: Sergei Elagin / Shutterstock.com

Em resposta ao CEO, na época, a executiva-chefe da CMA, Sarah Cardell, esclareceu que o papel do regulador é garantir que a Grã-Bretanha seja um ambiente competitivo para que as empresas possam crescer e prosperar. Ela também reforçou que o desfecho foi baseado em análises e defendeu a decisão do órgão.   

A Activision é responsável por alguns dos maiores jogos de console e PC do mundo, incluindo a franquia Call of Duty e World of Warcraft. A compra pela Microsoft é vista como o maior negócio de todos os tempos no mercado de jogos e por isso tem sofrido tanto escrutínio. 

Embora o acordo já tenha sido aprovado em diversos países, incluindo Brasil, reguladores do Reino Unido e também dos EUA têm exigido mais soluções para proteger a concorrência em seus territórios. Segundo informações da Reuters, a Microsoft inclusive já entrou com recursos contra a ação da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos, que também planeja bloquear o acordo.

Caso a contestação da Microsoft não seja aceita ou não consiga a aprovação de outros reguladores, a companhia terá que pagar US$ 3 bilhões em taxas de rescisão à Activision. 

Com informações da Reuters