Os reguladores de privacidade do Canadá vão trabalhar numa investigação conjunta sobre como o ChatGPT, da OpenAI, coleta e usa dados. Assim, o país se torna o exemplo mais recente de governo que se debruça a examinar mais de perto a regulamentação das ferramentas de IA (inteligência artificial).
O que você precisa saber:
O regulador federal de privacidade, juntamente a seus colegas em Quebec, Colúmbia Britânica e Alberta, investigará se a OpenAI obteve consentimento para a coleta, uso e divulgação de informações pessoais de canadenses via ChatGPT, informou o Gabinete do Comissário de Privacidade do país, na quinta-feira (25).
No Canadá
Os trabalhos conduzidos no país pelos reguladores de privacidade também vão investigar se a OpenAI respeitou “suas obrigações com relação à abertura e transparência, acesso, precisão e responsabilidade”.
“Como esta é uma investigação em curso, nenhum detalhe adicional está disponível”, informou o gabinete do comissário, acrescentando que as conclusões da investigação seriam divulgadas publicamente.
Até a publicação desta nota, a OpenAI não tinha respondido ao pedido de comentário da Reuters sobre o assunto.
ChatGPT e as investigações
Em novembro de 2022, a OpenAI – startup que agora conta com o apoio da Microsoft – lançou o ChatGPT gratuitamente ao público. O chatbot pode gerar artigos, ensaios, piadas e até poesia em resposta a solicitações dos usuários.
O lançamento (e boom) do ChatGPT alimentou uma espécie de corrida armamentista de IA entre gigantes da tecnologia – por exemplo, a Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (dona do Google) e Microsoft.
Isso deixou os governos numa situação difícil, enquanto ponderam leis para governar o uso da nova tecnologia (a IA generativa).
Regulação internacional
Em evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro (RJ), realizado na última quinta-feira (18), o CEO da OpenAI, Sam Altman, defendeu a regulação da IA no mundo todo. Segundo Altman, regulá-la não será fácil, mas a sociedade deve achar caminhos para isso.
O evento do qual Altman participou foi “O futuro da inteligência artificial e o Brasil“, bate-papo no qual se discutiu como o país poderá lidar com a IA, num momento em que ela está crescendo cada vez mais.
Participaram da conversa a cientista da computação, pesquisadora e ativista brasileira, Nina Hora; o membro do grupo técnico da OpenAI, Felipe Such; e o diretor-executivo da Fundação Lemann, Deniz Mizne, que atuou como mediador da mesa. O evento teve realização da Fundação Lemann.
Com informações da Reuters
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Fonte: Olhar Digital
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