A IUCN é a mais antiga organização para preservação ambiental e é responsável por classificar as espécies existentes do planeta quanto ao risco de serem extintas. Um estudo recente sugeriu um novo método de classificação, e o resultado é preocupante.
A organização classifica as espécies em oito categorias: extinta, extinta na natureza, criticamente em perigo, em perigo, vulnerável, quase ameaçada, pouco preocupante e deficientes em dados. As duas primeiras são consideradas espécies extintas. Já as que estão entre criticamente em perigo à vulnerável, são ameaçadas de extinção.
Para classificar as espécies, a IUCN usa os seguintes requisitos:
Baseado nisso, estima-se que 28% da vida da Terra está ameaçada de extinção, mas a nova pesquisa publicada na revista Biological Reviews sugere que quase metade das espécies de animais do planeta está caminhando para seu fim.
Um método diferente de análise
Para chegar a essa taxa, os pesquisadores da Universidade de Belfast, na Irlanda do Norte, analisaram a densidade populacional de cerca de 70 mil animais, sendo o levantamento do tipo mais abrangente já realizado, utilizando apenas o fator de tendências populacionais.
Avaliando que o tamanho da população estava diminuindo, crescendo ou estável, foi notado que a crise de extinção é bem mais severa do que a apresentada pelos métodos atuais.
A erosão global da biodiversidade tem sido amplamente identificada entre os desafios mais urgentes para a humanidade nas próximas décadas, ameaçando o funcionamento dos ecossistemas dos quais a vida depende, a produção de alimentos, contribuindo com a propagação de doenças e até colocando em risco a estabilidade da economia global.
Autores da pesquisa em comunicado
Atualmente, menos de 3% da população demonstrou crescimento populacional e 48% está passando por declínios. A partir disso, foi descoberto que 33% das espécies consideradas seguras pelo IUCN estão em risco de extinção nesse outro método.
A pesquisa alerta sobre o quão drástica é a situação que pode impactar completamente o bem-estar humano.
Fonte: Olhar Digital
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