O Bluesky, plataforma criada por Jack Dorsey, um dos fundadores do Twitter, anunciou uma importante atualização no app alternativo à rede do passarinho: a capacidade de os usuários escolherem seus próprios algoritmos.  

Segundo informações do Engadget, o recurso, chamado de “feeds personalizados”, permite que usuários se inscrevam em uma variedade de algoritmos diferentes e também criem seus próprios para outros seguirem. Na prática, a opção funciona como as Listas do Twitter, mas por se concentrar em algoritmos, deve ser bem mais poderosa e útil aos usuários. 

Para quem teve a sensação de que criar um feed algorítmico para o Bluesky pode ser bem técnico, entendeu certo, como já confirmou o engenheiro da rede social, Paul Frazee, em um post. No entanto, Frazee pontuou que a ferramenta ainda será facilitada para qualquer pessoa conseguir configurar seu feed no nível de linguagem de códigos. 

Em atualizações futuras, facilitaremos para os usuários a criação de feeds personalizados no aplicativo. 

Paul Frazee, engenheiro do Bluesky. 

Jay Graber, CEO da Bluesky, disse em outra ocasião, quando demonstrou que a plataforma de código aberto iria permitir que as pessoas trabalhassem com seus próprios comandos, que a escolha algorítmica poderia significar a “reação contra a manipulação algorítmica percebida das linhas do tempo das pessoas”. E isso vem do objetivo da Bluesky em dar uma experiência de usuário perfeita e bem diferente da que vemos em plataformas padrão.  

Nosso objetivo é montar uma arquitetura de mídia social que componha serviços de terceiros em uma experiência de usuário perfeita, porque um ecossistema aberto provavelmente evoluirá mais rapidamente do que uma única abordagem de curadoria ou moderação desenvolvida em uma empresa. Ao criar as interfaces para inovação nessas áreas, esperamos fornecer uma experiência social dinâmica e voltada para o usuário. 

Jay Graber, CEO da Bluesky.

Vale pontuar que Dorsey também tentou implementar o recurso no Twitter, mas sem sucesso. Para o criador do aplicativo, que ainda está em sua fase beta, o recurso resolve também uma questão primordial: o escrutínio da indústria sobre como os algoritmos de mídia social afetam os usuários. Além de afastar a ideia de que as empresas responsáveis estão influenciando grupos mediante comandos específicos.