Nesta segunda-feira (29), um foguete Long March 2F vai levar à órbita os astronautas da missão Shenzhou-16. O lançamento será a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, que pertence à Administração Espacial Nacional da China (CNSA), e você poderá acompanhar tudo em tempo real.

A decolagem está marcada para as 23h21 (pelo horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo canal do site Space.com no YouTube, a partir das 19h25. 

Segundo a CNSA, a missão Shenzhou-16 conta com  Jing Haipeng como comandante, além de Zhu Yangzhu e Gui Haichao, que vão morar e trabalhar na estação espacial Tiangong durante aproximadamente seis meses. Estima-se que a tripulação vai chegar ao laboratório orbital em forma de T cerca de seis horas após o lançamento.

Tripulação da missão Shenzhou-16,:o comandante Jin Haipeng (centro), o especialista em carga útil Gui Haichao (esquerda) e o engenheiro de voos espaciais Zhu Yangzhu (direita). Crédito: CMSA

Quem são os tripulantes da missão Shenzhou-16

Zhu é engenheiro de voos espaciais e foi selecionado no terceiro lote de astronautas da China, em 2020, mesma turma de Gui, que será o primeiro especialista em carga útil do país a voar para Tiangong. 

Ambos são estreantes em voos espaciais, diferentemente de Jing, que já esteve no laboratório orbital três vezes. “É uma grande honra para mim servir como comandante pela terceira vez. Desta vez, sou o principal responsável pela organização e coordenação, incluindo a comunicação espaço-Terra e o comando da missão”, disse ele em uma conferência de imprensa realizada na véspera do lançamento, quando a tripulação foi apresentada ao público. 

Depois de chegar à órbita e atracar com a estação, a tripulação será recebida pelos membros da missão Shenzhou-15, os taikonautas (designação para astronautas da China) Fei Junlong, Deng Qingming e Zhang Lu, que estão lá desde novembro e devem retornar à Terra nos próximos dias.

Com 20% da massa total da Estação Espacial Internacional (ISS), Tiangong tem uma vida útil estimada em 10 anos, que poderá ser estendida por mais cinco anos com upgrades futuros, segundo a CNSA.

Ainda de acordo com a agência, a China planeja manter seu laboratório orbital constantemente ocupado durante esse período, não apenas por taikonautas, como também para astronautas de outras nacionalidades e até mesmo visitas turísticas.