A guerra dos chips entre EUA e China ganhou um novo capítulo. O governo americano afirmou que não tolerará a recente proibição da China imposta sobre a compra de produtos da Micron Technology. 

No último sábado (28), a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, disse em coletiva de imprensa que os Estados Unidos “se opõem firmemente” às ações de repressão econômica da China contra a empresa americana, considerada a maior fabricante de chips de memória do país.

Raimondo acrescenta que a decisão dos reguladores chineses foi adotada “sem qualquer base factual”.

Vemos isso como uma coerção econômica pura e simples e não iremos tolerar isso, nem pensamos que a medida será bem sucedida

Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA

O que aconteceu?

Em 21 de maio, reguladores da China proibiram a compra de produtos da Micron após uma investigação sobre riscos de segurança cibernética. Conforme a Administração do Ciberespaço da China (CAC), foi descoberto que os produtos da empresa representavam “problemas de segurança cibernética relativamente sérios”. 

O órgão considera que essas falhas podem colocar em risco a infraestrutura de informação da China, o que motivou a proibição. No fim, apesar de não especificar exatamente quais foram os riscos encontrados, o comunicado cita a Lei de Cibersegurança da China, que reforça desde 2016 a regulamentação do governo sobre setores de telecomunicações e transporte.

Em entrevista à BBC, um porta-voz da Micron disse que a empresa está avaliando os próximos passos: “esperamos continuar conversando com as autoridades chinesas”.

Relação entre a Micron e a China.

Com informações da Reuters