Falta brilho nas estrelas de Los Angeles. Pelo menos, no lado galáctico da cidade. O LA Galaxy de Chicharito Hernández, Douglas Costa, Martín Cáceres e companhia é o lanterna da Major League Soccer, em campanha que já é a pior do clube em mais de 15 anos.
Neste momento, o Los Angeles Galaxy é dono do pior desempenho entre as duas conferências da MLS: são apenas nove pontos em 42 disputados, fruto de um retrospecto fraco, de nove derrotas, três empates e apenas duas vitórias em 14 jogos.
O cenário atual não faz justiça ao investimento do clube que deu início a uma segunda revolução no campeonato nacional dos Estados Unidos – a primeira remonta aos tempos de Pelé, Beckenbauer e outros craques na findada North American Soccer League (NASL), na década de 1970. Para relembrar um início tão ruim de MLS do Galaxy é preciso voltar tanto no tempo que a constelação de estrelas usual dos elencos só fazia parte de um projeto ambicioso, lá em 2006, na era pré-Beckham.
Há 17 anos, o LA Galaxy fez seu pior início na Major League Soccer, com apenas uma vitória nos 14 primeiros jogos do campeonato. Até então, no contexto de uma MLS que passava longe do interesse internacional pela falta de nomes de peso na disputa, o Galaxy era o grande clube do país: bicampeão nacional e três vezes vice. A grandeza dos títulos, porém, não correspondia à ambição hollywoodiana de se tornarem mundialmente reconhecidos.
Após aquela péssima campanha de 2006, o LA Galaxy foi ao mercado em busca de uma solução. Aos 32 anos, David Beckham aceitou deixar o Real Madrid para capitanear o projeto esportivo em Los Angeles. Aquela transferência, uma das mais icônicas do esporte, não foi de efeito imediato esportivo, já que o inglês só viria a ser campeão com o clube em uma terceira passagem, quatro anos mais tarde, mas daria início ao movimento de globalização do campeonato.
Depois da tal revolução iniciada pelo LA Galaxy e Beckham, o clube viveu seu período mais glorioso entre 2011 e 2014, com três títulos da MLS. Desde então, o Galaxy parece viver um período de blockbusters, aqueles filmes que chamam a atenção das massas pelo elenco de atores, mas nunca sequer são cogitados ao Oscar.
As estrelas sempre fazem parte do roteiro e por lá passaram nomes como Gerrard, Robbie Keane, Nigel de Jong, Ashley Cole, Giovanni dos Santos e Ibrahimovic. Hoje, essas estrelas são jogadores de Copa do Mundo como Cáceres, Douglas Costa e Chicharito, além de alguns jovens como Riqui Puig (ex-Barça) e Calegari (ex-Flu). Nada que mude, porém, o final do filme, que alimenta o pior jejum de títulos de sua história.
Fonte: Ogol
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