Um grupo de arqueólogos desenterrou em um túmulo no noroeste da China uma sela de cavalo que provavelmente é a mais antiga já encontrada.
A sela foi encontrada em uma região desértica, fator que pode ter contribuído para o ótimo estado de preservação em que ela está, mesmo podendo ter 2700 anos. A descoberta foi feita na cidade de Yanghai, na Bacia de Turpan, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang.
O túmulo pertencia à uma mulher, que estava vestida de casaco de pele, botas de couro e calças de lã e a sela estava posicionada de forma a parecer que a mulher estivesse sentada sobre ela. Acredita-se que provavelmente ele pertencia à cultura Subeixi, que viveu na região há cerca de 3 mil anos.
A peça de montaria é constituída de duas almofadas de couro preenchidas com palha e peles de camelo e veado. A datação de carbono indica que ela foi feita entre os anos de 724 e 396 a.C, o que a colocaria como a sela mais antiga já produzida.
Até então, pensava-se que as mais antigas selas haviam sido produzidas entre os séculos 5 e 3 AEC pelos citas, cavaleiros nômades que habitavam desde as estepes da Ásia Central, até as montanhas da Mongólia.
Domesticação e selas
Os arqueólogos acreditam que os cavalos começaram a ser domesticados por volta de 6 mil anos atrás, para o consumo da carne e leite, mas começaram a ser montados apenas mil anos depois.
Os primeiros cavaleiros utilizavam esteiras presas com tirar as costas do animal, como mostraram esculturas assírias do século 7 a.C. Não se sabe exatamente quando as selas foram inventadas, mas elas forneceram mais seguranças aos cavaleiros e permitiram que distâncias maiores fossem percorridas.
De acordo com arqueólogos não envolvidos na descoberta, o fato da peça estar enterrada junto a uma mulher, muda completamente o que pensávamos sobre quem estava montado nos cavalos. Além disso, o nível de preservação indica que selas muito mais antigas podem ser descobertas.
Normalmente, para algo orgânico tão velho, como couro, não teríamos nenhum resquício dele, ou muito pouco.
Shevan Wilkin, arqueóloga biomolecular em resposta a LiveScience
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Fonte: Olhar Digital
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