No último domingo (28), um verdadeiro espetáculo foi protagonizado pelo Sol para espectadores do hemisfério norte, onde, atualmente, é primavera. Chamado de círculo parélico, o fenômeno consiste em um anel perfeito envolvendo o astro, provocado pelo alinhamento de cristais de gelo nas nuvens.
Embora não seja recomendável olhar diretamente para o Sol, o acontecimento teve diversos registros, alguns deles compartilhados no Twitter (veja a seguir).
“Estou muito feliz”, comemorou o astrofotógrafo R. J. Cobain, de Conlig, na Irlanda do Norte, que divulgou suas capturas na plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com. “Fiquei estupefato quando olhei para o céu e vi o Sol cercado por uma rede rendilhada de halos e arcos. É, de longe, a melhor exibição de óptica atmosférica que já vi”.
Sol é envolto por “fotometeoros”
Cobain contou que tremia enquanto tirava o máximo de fotos que podia. “Havia um círculo parélico completo, um halo circunscrito, um arco supralateral, um halo de 22 graus, um par de sundogs e, possivelmente, um arco de Wegener”, relatou, descrevendo a variedade de características que conseguiu identificar no episódio.
Sundogs consistem em um ponto brilhante à esquerda e/ou à direita do Sol. Dois deles geralmente cercam o astro dentro de um halo de 22 graus. Eles são chamados de “fotometeoros”, designação dada a fenômenos luminosos produzidos pela reflexão, refração, difração ou interferência da luz solar ou lunar.
Ainda mais raro, o arco de Wegener ocorre quando se forma uma cruz no círculo parélico oposto ao Sol.
Segundo especialistas, tudo isso acontece quando nuvens cirrus geladas flutuam em frente ao Sol, capturando seus raios e dobrando-os em formas exóticas. Halos complexos, como o que foi observado no fim de semana, exigem não apenas um tipo de cristal de gelo, mas muitos, com perfeição semelhante a pedras lapidadas e alinhamento extraordinariamente preciso.
Abaixo, capturas feitas por fotógrafos do Reino Unido, Holanda, Bélgica e EUA.
Fonte: Olhar Digital
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